Tuesday, May 27, 2008

Pra quebrar minhas vontades

Não são nessas músicas que vou encontrar. Não dá pra cantar algo que mal consigo descrever. São ilusões. Falhas e vazias, com montes de palavras em acordes que gritam o silêncio do meu estômago. Não dá pra traduzir o sentimento: de português para inglês, de espanhol para italiano, de grego para a sua língua. Não tem jeito. E os livros contam histórias e mais histórias, nas telas sonho com as emoções, lá, bem na minha frente, pra grudar os olhos, mas impossível de tocar ao vivo e a cores. E escrevo, componho, filmo, toco, ilustro, interpreto, improviso, pinto, desenho...nada. Não se compara. Tudo ilusão. Você é de verdade. Você existe com tudo isso que eu não consigo explicar. E falho na tentativa louca de te engolir, de te ter dentro de mim o tempo todo. É loucura eu sei, é coisa da carne com fome, é um monte de coisas dentro de mim. É você com os pés grudados no chão quando se trata da minha pessoa, cheio de dedos, pisando em ovos, limpando porcelana ...caríssima, sou eu pra você... E eu querendo que você me jogue no chão de vez enquando. Nâo tem jeito de explicar, não tem sentido escrever, não tenho mais nada no que diz respeito a isso tudo, só um monte de amor, um monte de vontade, um monte de sonhos, um monte de idéias, um monte de sensações, montes e montes...aqui guardados comigo.

Sunday, May 04, 2008

Manifesto do meu coração

Na tentativa de algumas palavras, o lápis se posiciona pronto para desenhar. Um belo retrato, um belo sorriso, pode pintar qualquer coisa que não seja verdade. A verdade está me cansando. Tento com força, mas com uma preguiça enorme de mergulhar em mim. A verdade está me dominando. Rabisco descompasado, cuspindo tudo em linhas vazias, preenchendo espaços com nada, porque a verdade não tem me contado nada de novo. Desligo o raciocínio comum, danço entre os pensamentos na tentativa de um ritmo que me desperte, em busca de uma única sílaba que me diga que a verdade não está morta. Palavras negras invadem os parágrafos, assustam as idéias, escondem os sentimentos mais sinceros, bagunçam o que poderia ser um manifesto do meu coração. Talvez façam parte deste texto, o bem e o mal, ou o bem e sua ausência, ou outras tantas teorias. Deixam as letras menos artísticas, mais acadêmicas, nessa mistura que sou eu. Eu que começo poética, passo por melancólica, rebelde, e desabafo em objetividade adquirida através da verdade que é a vida.