Tuesday, May 09, 2017

A leviana

Ela é fascinante. Assim, no feminino. 
Sedutora. Todos a querem. 
A querem toda e em seu auge de virilidade. 
Fascinante. 
Leviana. Te engana. 
A juventude. 
Ilude-lhe as intenções.
Cega as certezas. Certezas cegas.
Limita de maneira envolvente. E você pensa que é livre, autônomo, jovem. 
Juvenil.
Desejo lhe arde a pele. Te quer. Você a quer. Para sempre. 
Eternamente jovem. 
Te engana. Leviana.
Fascinante. 
Invade suas sinapses. 
Bagunça sua lógica infantil. 
Menininha. Garotinho. 
Apegado a suas verdades feito um bebê e sua chupeta. Mas faz pose de mulher, faz cara de homem. 
E se analisa no espelho. Esta jovem?
Te engana. Te fascina. 
Ser jovem.
Te amedronta a maturidade porque tem que deixar a chupeta. 
Já a juventude te entope de guloseimas. Também te entope as veias. 
Te engole a vida.
E te bagunça as sinapses.
Acorda meu bem: 
Ser adulto é o novo jovem. 
Sinapses sem enganação.

Thursday, April 20, 2017

Realidade Seriadica

Reality sucks.
Said the girl inside me.
A americaninha, nova yorquina de alma e viciada em Glee.
Por que é que a realidade tem que ser tão mais chata que a ficção provável?
É Provável e é possível, porque é que não é assim?

Aquela velha mania de querer tudo do meu jeito e começo a pensar que talvez minha carreira no cinema não seja na Direção de arte mas na própria Direção de audiovisual, talvez assim eu crie meus mundinhos possíveis. Só que não.

Nunca é simples assim e eu bem sei disso.

A realidade é um saco.

Mas e se eu desse conta de ir para um lugar onde tudo é mesmo possível? Sem essas regras chatas de realidade e enquadramentos? E se meu cérebro humano, incrível, máquina de criar coisas, criasse um mundo meu, onde a la Dr, Parnassous meus espelhos levassem a íntimos sonhos que não mais seriam bolhas de sabão na minha mente, mas um mundo todo de possibilidades existentes!?

Tolkien, Lewis, Carrol e Pullman ficariam orgulhosos.

Talvez seja esse meu destino inevitável. Não, isso não é pleonasmo já que usei destino como deve ser usado, como uma possibilidade. E quem não acredita em nada disso? Que lhe seja possível ao ler esse texto, entender que muito além da fé, compartilhamos de uma crença quase unanime nos tempos atuais, que é a crença DA humanidade. Somos humanos, e é isso que nos une.



Monday, January 30, 2017

Obrigada Pai.

Grata.
Pelas relações que construí. 
As relações que cultivo.
Grata pelas histórias. E pelo desenrolar.
Extremamente grata por tudo. 
Pelos apoios no meio do caminho.
As forças que me sustentam e me puxam. 
Muito grata. 
Porque eu acreditei.
Ainda bem que eu acreditei.
Obrigada Senhor...
Sim. Senhor. 
Da minha vida. Das minhas histórias.
Quem mais, se não um pai? :)