Saturday, October 20, 2012

Invenção


Mais um personagem das histórias que eu gosto de contar?
Produto da minha imaginação e portanto: irreal?
Você veio como um carinho de Deus. 
E se foi na mesma velocidade que arrebatou meu coração. 
Penso em você muito. Muito mais do que gostaria. 
Sua falta me causa desconforto, afinal como posso sentir falta de alguém que nunca esteve aqui de verdade? 
Não sei o que pensar de você pois já escrevi sobre muitos vocês e nenhum deles vingou. Não vingaram porque foram apenas historias, salvo aquele que foi nomeado. 
Mas você é um sujeito comum nos meus textos, mudando apenas quem é na realidade. Ou seja, tenho medo. 
De poetizar demais você. Nesse novo momento.
Você não é ninguém na minha vida, assim como não me deixa ser ninguém na sua. Como posso então sentir saudades de alguém que não conheço?
Mas meu coração é assim mesmo! Brincalhão! Bem humorado e cheio de energia para contar novas histórias, viver novos amores e inventar você. 
Mesmo que você não exista de verdade na minha vida

Monday, October 15, 2012

Foi ou Será…?

Valeu menos do que teve tempo.
Teve todo tempo do mundo e desperdiçou num momento de dúvida.
Foi como um vento desejado numa tarde quente de sol, mas como o vento, passou.
E não tive tempo de ver de onde veio e para onde foi.
Apenas foi.

E eu fiquei aqui.
Com a lembrança da sensação na pele de um alívio passageiro, que me devolveu o ar por alguns segundos, e logo me soltou.
Foi um beijo.
Que me deu o fôlego que eu precisava para mergulhar um pouco mais.
Mas não tive tempo de ver de onde veio, nem para onde foi.
Apenas foi.

Fiquei com o gosto nos lábios. Gosto de uma carne conhecida, e ao mesmo tempo completamente estranha ao meu coração.
E minha boca procura essa pele, afim de tentar decifrar o que foi que passou…
Se ao menos conseguisse sentisse o sabor.
Não tive tempo de saber de onde veio, nem onde estava.
Apenas senti.

E os braços que vieram pra me salvar de mim mesma, e eu nem tive tempo de entender porque me senti tão à vontade.
Assim como não tive tempo de entender porque me deixaram tão rápido…
Se ao menos eu tivesse visto quando se foi…
Poderia ter segurado sua mão e talvez, ao sentir meu calor e minha fé, algo acontecesse com você, e te fizesse ficar.
Eu podia escrever páginas e mais páginas sobre o seu abraço, mas a verdade é que não tive tempo de me relacionar com esse sentimento.
Ele passou, e eu não vi de onde veio e não faço idéia para onde foi.
Apenas foi.

E tudo que tenho é uma lembrança pouca, de algo que podia ser, mas passou.
Alguém que tinha tudo para ficar, mas não ficou.
E o tempo nesses momentos rápidos e raros, nem conseguiu ser medido, nem conseguiu ser o próprio tempo, porque não posso dizer que acabou, nem que foi, ou que é, muito menos que será.
O tempo se perdeu nessa história entre você e eu.
Será?