Dedico este texto à Espera.
Ela me acompanhou em todos os momentos importantes da minha vida. Apontava o dedo na minha cara.
Me fazia perder a fome.
As vezes me obrigava a ficar em casa.
Ela me dizia que meus sonhos eram demais pra mim.
Não era boa. Era má.
Nem acredito que ela se foi...
Sempre achei que teria que levá-la comigo pra sempre e de repente, depois de tanta briga e reflexão, a ansiedade se foi.
Fiquei aqui.
Pensando em como ela me fez sofrer.
E também como me fez mais forte por ter que supera-la a cada desafio, por menor que fosse.
Ela quase me fez adoecer.
Me fazia misturar vontades, desejos, sonhos e planos, me empurrava e ao mesmo tempo me dizia que não era suficiente, era uma guerra sem fim. Dentro de mim.
Mas se foi...
E é uma surpresa planejar a vida sem ela. Enxergar um futuro... Sem ela.
Estou em processo de adaptação.
Sem pressão.