Saturday, December 11, 2010

Helena

Ela tem nome de heroína grega. Ou de novela mesmo.
Ela sabe o que faz. Gosta de arte. Garota esperta, mulher de negócios.
Ela já viajou muito, e já deixou muitas histórias para trás... feito cinderela que deixa os sapatos caros por aí.
E a vida cheia de decisões e ela tão afim de criar coisas lindas para as pessoas assistirem. Foi levando, vivendo, brigando de peito aberto, mostrando pra vida que era forte sim, e que não era grande só na estatura, mas também na alma.
Sonhava com histórias felizes, tentava trazer à vida seus planos mirabolantes. Mas na prática, tudo era diferente. Em sua vidinha de princesa, tudo parecia estar escrito e ela com tantas idéias na cabeça, acabou pegando o primeiro avião para longe do conto de fadas.
Era uma mulher madura, decida. Não deixaria que seu final feliz fosse escrito por outras pessoas. O que ela esqueceu, é que foi na Europa mesmo que criaram os contos de fadas, e quando chegou lá, seu castelo estava pronto e foi coroada sem perceber. Esqueceu completamente que era no Brasil que as pessoas andavam descalso na praia, olhavam para a o céu admirando as estrelas e riam sem parar de tudo e qualquer coisa. Esqueceu que era aqui que suas histórias seriam mais possíveis e que o menino do circo também morava aqui ...
Mas enquanto seu coração gritava de desespero por mais intensidade, sua mente apertava sua alma tentando influenciar o corpo a manter os pés no chão.
Agora já era madura, já tinha uma vida formada, súditos e um rei para cuidar... Como poderia voltar?
Essa rotina cultural e social a estava deixando louca.
Mas quem foi mesmo que inventou essas regras?
E se essa for a única chance de escrever sua própria história?
E se quando ela voltar o menino do circo tiver encontrado uma bailarina pra dançar com ele?
E se você der uma chance para você mesma, pelo menos dessa vez Helena?

Friday, October 22, 2010

Olha que coisa

Olha lá eu...
Sempre tentando fazer muito mais do que posso...
Sempre agindo como se o mundo fosse minha responsabilidade...
Sempre me decepcionando com a realidade.
Olha só eu mais uma vez...
Pensando nos outros, quando ninguém pensou em mim...
Querendo ouvir as pessoas, quando ninguém me ouviu antes...
E é tudo culpa minha.
Sou eu quem exagero. Pulo de cabeça.
Mato no peito aberto, sem pensar na dor que pode me causar a tentativa de fazer esse gol pelo meu time.
Lá vou eu mais uma vez...
Com a minha fé tatuada na pele.
Com a minha certeza da justiça de Deus.
Com a minha missão que me motiva a vida.
Atos 17:6 para quem já leu em mim, mas não leu de verdade:
"Aqueles que tem transtornado o mundo chegaram também aqui."
Pronto, talvez assim você entenda meus métodos.

Viagem

O mundo é muito grande para ficarmos em um lugar só.
Sair do lugar comum, do senso comum, da cultura que você conhece.
Sair.
Sair do quadrado.
"A verdade está lá fora" estava escrito na camiseta...
A verdade está na mente, quando ela pode viajar.
A rotina mata os sentimentos, mesmo que seja uma rotina louca.
O corpo precisa sentir. A alma precisa sonhar.
Viaje, saia, sinta.
Quem disse que a realidade tem que ser igual?
"Todo ato extraordinário e de sucesso teve origem em um sonho." Ainda que fosse difícil, que fosse inseguro, imposível, alguém sonhou e realizou.
O ser humano pode viajar.
Por que Deus criaria um universo tão grande se fosse para nos fixarmos em um só lugar?
Mas onde ficam nossas raízes nessa viagem?
Estampadas em nosso caráter, marcadas no nosso corpo. A genética estuda isso.
Viaje, sonhe realize.
A gente muda de roupa todos os dias.
A gente muda de gosto de tempo em tempo.
A gente transforma o tempo todo e tem medo de sair do formato.
Medo de quê?
De não gostarem da sua roupa?
De te julgarem incapaz?
Quem disse que temos que ser iguais se Deus não criou nem um ser humano sequer igual ao outro? Nós quem inventamos os clones.
Nós queremos padrões e segurança.
Talvez por isso sofremos tanto. Não é da nossa natureza, não era o plano original esse monte de regras para nos igualar.
Viaje, ouse, invente.
E então na volta de uma dessas viagens, você descobre que não precisa voltar, que pode seguir dali mesmo. Porque o que lhe é seguro, é o resultado de tudo isso em você.
Experimente viajar.

Tuesday, October 19, 2010

Quem?

Ok. O que mais eu podia esperar?

Já entendi que as pessoas não merecem , já entendi isso faz tempo, mas não posso simplesmente desacreditar na sinceridade, na autenticidade...

Tenho pensado que o mundo já apodreceu há muito tempo, e por mais que tente fazer sempre o meu melhor: ninguém é perfeito.

Algumas pessoas são vazias. Algumas pessoas não sabem quem são, o que fazem aqui ou para onde vão. Eu sei.

Algumas coisas são impossíveis de controlar. Sentimentos. Pessoas.

E agora?

Meu bem, eu não estou sendo treinada para um cargo numa empresa, estou sendo treinada para uma missão.

Eu entendo. Sempre entendo, afinal, quem sou eu para julgar? O mundo é redondo.

Agora, alguém me entende? Alguém sente o que eu sinto no meu peito? Alguém sente o que sinto no estômago? Alguém sabe descrever esse monte de linhas soltas no meu cérebro?
Não né...

Eu quero ficar sozinha.

Saturday, October 09, 2010

Evolução do olhar

A evolução só acontece na indústria. E a maior invenção do mundo continua estagnada em velhos padrões: Humanos. Somos capazes de criar e inventar objetos que desafiam a inteligência de nossos antepassados, mas falhamos em criar e inventar novos comportamentos, pensamentos e emoções. Ouvimos música em nossos iPods e sentimos o mesmo que sentíamos quando ouvíamos a seleção da rádio local no aparelho de madeira...
Antigamente existiam lugares onde exibiam filmes de sacanagem, clandestinamente. Hoje você acessa um milhão de sites eróticos no seu iPad e sente o mesmo tesão que os antigos frequentadores sentiam, e as mulheres depois de todas as conquistas, continuam com ciúmes.
A gente finge que evolui.
A gente finge que entende de tudo.
A gente finge que vive uma sociedade moderna.
A gente exige demais uns dos outros.
Como uma sociedade inteiramente nova pode viver padrões tão antigos? Como alguém pode achar que só aquela maneira é a certa, diante de tantas escolhas na vida? Está tudo tão passado.
A gente vive tentando, sempre dentro dos padrões conhecidos, e quem sabe um pulinho para fora do quadrado? Se não der certo, você vai saber que tentou... e mesmo que tente 20 vezes o amor não é mesmo fácil de achar. A sociedade colocou as emoções todas juntas numa caixa e lacrou. E o amor está lá, numa garrafa empoeirada com um rótulo qualquer. E não estou falando apenas do amor entre homem e mulher, mas do amor pelo que faz, amor pelos amigos, amor pela família, amor, e todas as emoções que seguem e fazem o pano de fundo de tudo que vivemos. Para ser amor tem que durar X tempos, ele tem que agir de forma Y e ela tem que ter as medidas Z, soma, divide e multiplica e chega-se ao resultado do amor, assim, como se existissem fómulas para as emoções...
Por que eu preciso casar para ser feliz? Lembrando que o casamento é um ritual diferente em cada cultura, eu não posso criar o meu casamento? Quem disse que preciso usar uma aliança de ouro na mão esquerda para me lembrar que tenho um compromisso com alguém? Pelo amor de Deus, não devíamos precisar de nada para nos lembrar o que sentimos, se está feliz sorri, se está triste chora, simples assim! O compromisso devia ser em respeitar o outro como indivíduo e entender que cada um é resultado de suas próprias experiências, e ninguém é igual a ninguém, por isso não se pode exigir do outro uma atitude que ele próprio teria.
Fico pensando em como Deus olha para nossa sociedade super moderna... 200 mil igejas pregando cada uma o que acha certo...todas basedas na Bíblia.
E um monte de gente procurando por um minuto de paz...seja lá qual for a religião inventada.
Enquanto isso eu observo, escuto mais do que falo.
Tento então eu mesma, ouvir e compreender a pessoa que esta mentindo na minha cara, porque sou incapaz de julgar alguém que é fruto dessa bagunça. Sou incapaz.
Minha primeira chefe me disse uma vez "Se os seus olhos veêm, o do outro também vai ver em algum momento. " e eu aprendi a importância dos detalhes.
E espero que isso que vejo agora, muitos possam ver em breve.

Thursday, September 30, 2010

Direções

Esse lugar não tem nome. Não tem placa de indicação, não tem nem posto para perguntar!
É uma cidade com luzes de descobertas. Ruas de possibilidades. Curvas sensuais. Sinais de um futuro feliz, e lá, o comércio vive de criatividade.
Nas escolas ensinam primeiro o lado direito do cérebro. Nos cinemas rodam sonhos anônimos. Nos parques o ar está contaminado com gás do riso.
Lá é assim mesmo, as pessoas andam felizes á toa, uma coisa estranha sabe?
Claro que existe! Mas não tem mapa pra chegar... o que posso passar são algumas instruções básicas: você segue o rastro dos sentimentos e o cheiro da alegria. Quando chegar numa encruzilhada feche os olhos e saia correndo para qualquer lugar. Depois vire onde der na telha e preste muita atenção, porque é nesse ponto que você pode se perder. Você vai se sentir um pouco bobo e infantil, então pare. Acenda o farol o mais alto possível, a ponto de te cegar completamente para todas as formalidades sociais, siga adiante sem pisar no freio. Quando chegar numa ladeira, abra os vidros, solte o freio e sinta o vento nos cabelos...
Quando chegar num lugar íngrime, pise o pé no acelerador e segure firme no volante, depois disso volta o equilíbrio da estrada reta. Sem fim.
Você vai saber que chegou.

Sunday, September 26, 2010

Engano seu

Engana-se quem pensa que eu escrevo o que vivo. Funciona ao contrário: Eu vivo o que escrevo.

Pode vasculhar nas minhas linhas bagunçadas, com erros gramaticais e acentos que esqueço. Pode procurar na minha falta de técnica para escrever, fique á vontade, buscando rastros do que eu escondo atrás da minha maquiagem diária e minhas roupas bonitas. Vamos lá, procure por tudo! Já disse... funciona ao contrário. Misturo histórias que escuto, histórios que imagino, coisas que minha mente não se cansa de criar.
E qualquer semelhança com a vida real, é pura lei da atração.

Trilogia + 1 final triste

Primeiro dia
Tudo comecou há alguns anos. Se cruzavam nos corredores, e ás vezes num papo com conhecidos em comum. Nada mais de alguns segundos juntos e olhares de relance que raramente se viam. Ela estava começando tudo e ele no meio de mais uma de suas tantas histórias. Passa o tempo. Alguns emails com uma intimidade estranha, sem precedentes. De repente um medo de ele querer conhece-la melhor, mas ela estava começando tudo...
Fugiu e pronto.
Se ela soubesse que nesta época ele estava sozinho e, se ele soubesse que o namorado dela iria deixa-la alguns meses a frente... Ainda nao era tempo. Foi depois de alguns anos de histórias dele e outros anos de tentativas dela que se encontraram de novo. Com a mesma intimidade estranha. Só que desta vez uma vontade de conhecer mais, de saber mais, de ouvir mais.
Ela queria mais dele e ele deve ter aceitado como bom representante da classe masculina.
Ela não sabia bem o que fazer, estava muito nervosa, coisas de boa moça sabe? E foi quando ele olhou nos olhos dela e tocou seu cabelo que a intimidade deixou de ser estranha.
Tudo fez sentido. Nada era certo. E ela aprendeu uma palavra nova: Maktub.

Segundo dia
Demorou. Ele sumiu. Ela não entendeu nada, mas já que não tinha entendido desde o começo, pensou que aquilo que sentiu devia ter ficado dentro do quarto, e ele trancou a porta no final da noite. Deve ter sido isso.
Ela ficou triste, se sentiu mal e lembrou que não acreditava mesmo em conto de fadas, como podia ter caido nessa?
Ele apareceu.
Ela insistiu em ve-lo, esperou horas, porque sempre foi inconformada e tinha que provar de alguma forma que aquela noite não tinha sido em vão.
Ele chegou, ela estava esperando. Foi um beijo. E tudo estava provado.
Era real.
Ela teve vontade de chorar, mas não disse isso a ele. Queria chorar por não poder ficar ali pra sempre, sentir aquilo pra sempre e ser dele pra sempre. Na saida teve medo de que ele sumisse de novo. Mas ela ia pagar pra ver.

Terceiro dia
Ela não ia escrever. Mas talvez por dever algo para aquela história escreveu. Tudo que pensava. Ela queria ser capaz de dizer tudo na cara dele: dizer que tinha coragem sim de viver aquela história, que toparia sim tudo que aquilo implicava, que queria sim ser toda dele.
Mas não ia dizer. Não era papel dela. Ela era dessas bem mulherzinhas nessa hora. Cada um na sua e cada um no seu papel. A decisão não era dela.
E foi se acostumando com a ideia de que nunca ia espera-lo chegar em casa, nunca ia tomar sol ao lado dele na areia, nunca iriam viajar sem rumo juntos...nunca iam.
Ela também nunca imaginou que ia se acostumar com alguma coisa, já que era inconformada eternamente. Mas por ele se acostumou.
Já que essa era a única maneira de ter um pouquinho dele e ser um pouquinho dele. Se acostumou com a raridade dos momentos juntos, mas pensava sempre em quanto tempo aquele sentimento viveria sem oxigênio...

Morte
Foi saindo dela com cada lágrima derramada...com cada grito de dor, porque toda morte é dolorida, para quem vai e para quem fica. Seu estômago achou que não podia viver sem ele.
Dor de abstinência.
Já que ele era seu vício, a única coisa fora do lugar da sua vidinha de princesa. Por isso teve que tomar medidas drásticas e mata-lo. Aos poucos, lágrima por lágrima, tentando afastar da mente suas lembranças imbecis.
A morte e uma coisa muito triste.
O que fica é apenas uma massa, uma carne sem sentido... Sem vida. Igualzinho ao sentimento dela por ele...
Sem sentido, uma coisa e mais nada, triste...
Morto.

Louca de forma sensata

Nossa história merecia mais capítulos. Nossas noites mereciam mais voltas nos ponteiros do relógio. Eu digeri essa história mas queria ingeri-la de novo feito cachorro louco que volta ao vomito. Porque a gente é assim mesmo: bicho. Animal.
Instintivamente carnal, e a razão só atrapalha nosso impeto de satisfazer nossas vontades.
Estou louca sim. Alterada. Porém controlada por esse objetivo e essa missão que me marcam mais do que as tatuagens que faço. Meu corpo te quer loucamente, minhas curvas querem se envolver nas suas mãos e minha cabeça ferve com a distância da sua pele da minha. Estou cada vez mais... Louca. Consientemente alterada. Insana.
E você á quilometros de distância para se aproveitar disso. Porque a vida é assim mesmo. Nos aproveitamos dos momentos uns dos outros, com as nossas histórias bem contadas, com nossas interpretações ensaiadas... Funciona assim quase sempre... Mas as vezes algo sai errado.
A luz que estava baixa, o áudio era confuso e alguém disse a fala no momento errado: eu te amo. Totalmente fora do roteiro. Histórias promiscuas não têm essa fala... O que aconteceu com a loucura? Com a carne com sede de vontade? Com as invenções de emoções? O que aconteceu? Com as mentirinhas gostosas faladas ao ouvido, com os gemidos deliciosos de puro prazer? Sem razão alguma... QUEM ENVOLVEU O AMOR NESSA PUTARIA??? Pra mim esse história ficou intrigante, insinuante, perigosíssima... E deliciosa de contar.
Estou louca e consiente como nunca... Quer experimentar?

Paradoxo

Eu leio dois livros ao mesmo tempo: "Casa Gucci" e "Vivendo a História por Hilary Clinton". Eu tenho amigos homens com quem converso por horas e não rola nenhuma tensao sexual, porque gosto de me relacionar com outros seres humanos sejam machos ou fêmeas. Tenho trabalhado igual a um camelo debaixo de sol e sem reserva de água, mas meu deserto é cheio de festas das mil e uma noites. As pessoas me sugam a energia e nem ligam se estão me esgotando, mas alguém sempre vai me fazer chorar de emoção e me mostrar que todo o esforço vale a pena. Eu me sinto muito sozinha... Mas posso contar com uma equipe/família a toda hora. Poucos sabem da minha história e eu tenho fãs que me mandam mensagens de carinho. Estou muito cansada e penso várias vezes em desistir, mas tem uma porta e uma luz que me lembram de continuar. As vezes tenho muita saudades dele... E vem uma paz me dizer que cada coisa tem seu tempo. As vezes quero ser outra pessoa, mas sempre agradeço a Deus por ser apenas eu. Eu malho como se minha vida dependesse daquilo, e tomo uma garrafa de vinho pra dormir relaxada. Eu adoro regras, processos e tudo certinho, e amo que a vida seja esse infinito de possibilidades desconhecidas. Muito prazer eu sou quem eu quiser.

Minha amiga Raiva

Eu tenho falado muito com ela. Nos conhecemos melhor quando você nos apresentou, se não fosse você jamais teria conhecido essa amiga que me tem feito companhia nesses últimos tempos. Ela já acorda comigo, pois já aprendeu minhas rotinas. Fica um pouco enciumada quando minhas outras amigas me visitam: a alegria e a serenidade. Quando a paz aparece então! Nem se fala! Minha nova amiga fica louca! Da logo um jeito de chegar em mim de novo, e você sempre é quem a trás para o meu lado. Quando você sorri pra mim nos corredores, minha amiga ri da minha cara. Quando você dá notícias tarde da noite, ela me acorda para zuar comigo. Quando você me liga e eu não atendo, ela me faz olhar seu número na tela do celular 20 vezes. Quando eu ligo e você não atende, ela fica me falando coisas insanas. Quando você fala meu nome e eu te ignoro, ela me lembra o quanto eu te amo. Eu odeio essa minha amiga raiva porque ela nâo desgruda de você e eu que queria tanto, não posso te ter nem um pouquinho.
Raiva estupida.

Saturday, September 04, 2010

Tempo para comprar

Eu queria tempo para te aproveitar.
Será que tem em algum lugar para comprar?
Tipo uma prateleira gigante com diferentes marcas e tipos de tempo em embalagens recicláveis... Já que o tempo mesmo, não tem como usar de novo...
Podia ter tempo com muita qualidade, numa embalagem bem pequena, porque as melhores fragâncias vem nos menores frascos. Podia ter tempo em atacado, grandes quantidades para levar nas férias e usar bastante!
Podia ter uma prateleira mais escondida com uma seção para maiores de 18 anos, e uma diversidade de tempos deliciosos...
Tempo para usar no sol, na praia não dã pra ir sem estar protegido com esse tempo.
Tempo para ser assistido naqueles dias de frio embaixo do edredon.
Tempo para levar na academia e tomar antes de malhar, esse vem em cápsulas...
Tempo para dizer o que sente.
Tempo para fazer o que quer.
Tempo para viver você.
Você trabalha tanto, deve poder comprar tempo...

PAZ

Que paz é essa que me invade em momentos onde eu deveria surtar?
Não, não é hora de relaxar! Vamos lá! Grite! Enlouqueça! Chore até seus olhos fecharem de vez... Meu estômago dói, e a comida insiste em não fazer seu caminho até ele sem ser incentivada.
E essa paz... Essa paz está me deixando louca!
Como assim? E se não der certo? E se eu perder aquilo que me e mais precioso...
Você sabe o que está em jogo? E ela insiste em me invadir... Insiste em relaxar meu corpo e minha mente. Calada. Certa. Suave. Serena... Essa paz que eu não entendo, mas me visita sempre em decisães de que minha vida depende.
Acho que paz e isso mesmo.
Incompreensível....

Sunday, August 22, 2010

Atropelo

A sociedade nos moldou assim. Stress e depressão são as doenças da moda. Não ter tempo é super cool. É estar "in" ser reconhecido nessa tribo de gente louca que não faz mais amigos, não liga para a família, não dá atenção aos outros seres humanos ao redor. É assim mesmo, no atropelo, que vamos vivendo e vendo onde essa maratona vai dar. E como todo maratona, olha só, você se preparou para isso, treinou, suou para chegar onde está. No meio desse caos emocional e físico. Porque seus músculos sentem a mesma dor que sua alma, cansada de ser levada ao extremo. Ela só queria que você atendesse o telefone que te faria sentir bem, podia ser sua mãe, seu filho, a pessoa que te ama e você nem sabe. Você não tinha tempo para isso, imagina! Atender o telefone? Estava no meio de uma reunião com alguém que provavelmente não sabe nem qual é seu doce preferido... Mas tudo bem, quem ama entende. Sempre entende. E atura suas loucuras, seus gritos, sua falta de paciência com o mundo: por que será que o mundo não entende que você está ocupado? Por que será que insistem em te encher o saco quando você tem tantas coisas para fazer! Você só está tentando viver a vida como te ensinaram, assim mesmo, no atropelo. Você só sabe viver assim...foi treinado assim, suou para ser assim... quem disse que está errado? Até agora sustentou sua família... você precisa de dinheiro como todo mundo. E o mundo tem que te entender. Tudo no atropelo.
Só que como em todo acidente, alguém vai sair ferido. Seu filho? Sua mãe? A pessoa que te ama, e você nem vai saber que ela te ama... todos atropelados deixados pelo caminho. Qualquer hora você volta para ver que alguém já os socorreu, e eles foram para a casa com outra pessoa enquanto você segue correndo, atropelando tudo que estava escrito (maktub).

Felicidade Desconhecida

Eu não sei.
Não sei que comida você mais gosta. Bife a parmegiana ou Pizza?
Não sei qual e sua cor favorita. Azul ou branco?
Não sei sua bebida preferida? Vinho ou o quê?
Não sei como você gosta de se vestir. Jeans e camisa ou bermuda e mais nada?
Não sei o que você gosta de fazer no seu tempo livre. Pensar na vida ou trabalhar um pouco mais?
Eu nao sei que tipo de filme você gosta. Aqueles que mudam sua vida ou os que te fazem chorar de rir?
Eu não sei nada de você...
E ainda assim, sei de tudo que te faria feliz.
Se ao menos eu pudesse...

Thursday, May 13, 2010

o quê?

Sei lá. Aconteceu como tudo na vida. Veio ao meu encontro... ou fui eu que fui até lá? Sei lá...
Está tudo ainda bagunçado, engraçado, inseguro... Ainda estou esperando nessa fila, mas sabe que as vezes acho que minha vez já chegou e eu estou dormindo? Eu ainda não sei...não sei mesmo. Se estou feliz? Bastante. Como nunca. Mas ainda não sei...ainda está estranho. Quero mais intimidade, mais certeza das coisas sabe? Não, não dá para saber.
De uma coisa tenho certeza. Estou onde deveria estar e só. E eu me apego nesse único ponto que é muito meu, que me dá alguma segurança de que estou certa...
sei lá, não entendi nada desse texto.

Um novo você

Aparece com uma nova roupa, mais maduro, muito mais interessante e muito mais complicado para minha cabeça. Será que tudo mudou? O que será que vem de você agora? Será que nessa história você vai mais longe? Eu não te reconheço de terno e gravata, mas eu já conheço você. E muito bem. Sei de todos os seus jeitos, os seus mimos, os seus sumiços e os seus papos insinuantes. Tudo tão gostoso de viver e experimentar. Eu gosto mesmo de bons vinhos, gosto mesmo de bons papos de muitas experiências e você está me dando tudo isso agora...Tudo muito bom vindo de você. Como disse, eu já te conheço, de outros textos, de outros sonhos, de outras vontades, mas você me surpreende e esse é o problema: eu costumo amar supresas e não posso amar você.

Esse seu jeito gostoso de que tudo na vida é simples, de que nada importa tanto quanto aquilo que você dá importancia, você nem sabe na verdade o que importa mesmo, você vive, e isso me encanta. Você aparece nesse texto com muito mais características que nos outros, você, é um personagem muito mais complexo e interessante e, eu não canso de te conhecer, de te explorar de te olhar e tentar decifrar por que alguém te deixaria partir...

Você muda meu jeito de escrever, dá um novo tom ás minhas linhas e eu ADORO isso. O que mudou foram meus sonhos de menina que passaram a ser atidudes de mulher, e como eu queria poder ser sua...Você me envolveu na primeira vez que tocou meu cabelo, e nesse momento tudo mudou, e eu mal tive aquele milésimo de segundo em que posso escolher, porque quando você me olhou eu já decidi você na minha vida.
As vezes eu não acredito nessa história. Pois é, eu te disse que não acredito em conto de fadas, que sou muito racional, mas dessa vez minhas emoções estão tirando sarro da minha cara e eu não sei como acabar esse texto...