Saturday, December 30, 2006

O lugar dela

Ela sabia das coisas. Tudo era tão simples e prático. Até pra fazer as coisas "erradas" ela tinha bons motivos e fazia com uma graça que só ela podia. O mundo nunca iria entendê-la... Não era mesmo digno de tê-la. E mesmo quando sozinha, ela tinha as estrelas mais bonitas em seus olhos. Como a mulher que era, conseguia se aproveitar e se deixar dançar com leveza nas tantas músicas pesadas da vida. Não, não tinha quem não a admirasse, e isso porque até aqueles que a feriam, tentavam cortar suas flores lindas, até estes a olhavam com olhos pequenos, pois tudo ficava pequeno diante dela. Tinha seus momentos de raiva, de revolta e de tantas, tantas dores, que tudo que pudesse sair de dentro dela numa explosão seria pouco para sua expressão. Era assim que se sentia. Tudo era pouco, nada, tédio, sem graça, sem cor e sem sabor. Mas ela tinham que cuidar de alguns que agora eram seus. E mesmo que quisesse jogar tudo pro alto, dar um grito de alegria e viver o que tinha vontade, mesmo que se arrependesse depois, ela tinha que pensar direito. Tinha que pensar nos rostos amados, nos tempos de dedicação e encontrar um meio dentro de seu próprio cenário. A vida era mesmo um filme, e ninguém mais podia ser a estrela, ninguém cabia como ela, encantando com suas falas e movimentos. Ela estava tão cansada dessa vidinha... Ela pensava em estrelar um filme pornô. Não era isso que todos procuravam no final das contas? Depois de cenas lindas de amor, emocionantes de paixão e aventuras, eles sempre esperavam as carnes na tela. Será que assim ela seria mais feliz? Não... Não acreditava nisso. Desistiu da idéia mesmo sem amadurecê-la, pensar era o jeito de se rebelar. Ela sabia ser feliz, como poucos, mas as coisas do caminho a cansavam e ela era um pouco preguiçosa mesmo...Mas, lá estava. Decidida de que de agora em diante iria ser mais disciplinada. Faria mais do que sabia, sem desistir no meio do caminho. Este era o melhor momento pra colocar em prática suas imaginações e fazer o oscar ficar pouco para o seu filme. Ela tinha tudo e estava pronta. Tinha algo de diferente em seus olhos. Desta vez tinha propósitos, pé no chão e olhos altos. Preparada, mais bonita do que ontem e sabia que o amanhã teria uma cor nova. Suas palavras tomavam forma, a forma que tinham que ter desde o início, e as lágrimas de conforto, de colo de mãe, diziam que ela estava no lugar certo. Tinha algo de completo. Mas o que fazia mesmo diferença é que não tinha medo. Será que estava amadurecendo? Talvez isso, ou talvez ela simplesmente resolveu tomar seu lugar e todos tiveram que abrir espaço, porque o lugar era mesmo dela.

Wednesday, December 27, 2006

Sim ou Não?

Respondi que não. Desta vez não ia chorar, não ia ser a menina simpática, não ia fazer a minha parte. O que é que você pensava? Vesti minha roupa, aquelas que eu fico linda, sexy e perfeita pra você. Eu quis sair sozinha, mas você veio comigo, não consegui te convencer a sair da minha cabeça. Isso estava ficando sério demais, quando eu pensava que seria o meu momento, um pouco de distância sempre faz bem, você estava lá, sempre. E tomava meu fôlego com a vontade de te beijar, de sentir sua pele, de olhar nos seus olhos sempre ocupados demais com alguma outra coisa... já era tarde, eu te amava perdidamente. Mas mesmo assim, eu mantinha a postura. Respondi que não, que era forte sim e que se precisasse ficar longe de você, não seria um problema tão grande assim. Eu não queria mais chorar, eu não queria mais ser a boa menina, não queria fazer nada pra resolver. Eu só queria me afogar em você, queria me perder, me jogar, me entregar sem qualquer pudor e preocupação. Eu queria isso de você, mas sempre tinha alguma outra coisa chamando sua atenção. Então eu sai de casa procurando essa aventura em qualquer lugar, em qualquer olhar, em qualquer esquina. Eu procurava e procurava, só encontrava você, impregnado em mim. Até em outros corpos te procurei... O que é que eu estava pensando? Você era como eu, não era daqui. Nem adiantava porque eu não ia encontrar mais nada na rua. Voltei um pouco frustrada e feliz, por saber que você era único pra mim. Você estava me esperando, com o olhar em outro lugar pra variar. Por uns segundos, te vendo tão longe, quis voltar pra rua, mesmo sabendo que não podia. Mas daí você olhou pra mim... Com aqueles olhos, com aquela vida tão linda, que eu tinha tanta sede todos os dias. E eu chorei. Chorei porque você era tudo que eu queria, e eu era afinal a boa moça, e eu era sua por isso mesmo. Você riu de mim, porque achava bonitinho quando eu chorava daquele jeito. Me pegou em seus braços e eu parei de pensar com os seus beijos que me cobriam. Tinha tanto amor no quarto que eu não conseguia respirar e aquilo me fazia tão bem... Era você. E eu só conseguia dizer sim pra você...

Sunday, December 24, 2006

Meninas 2007

E aí meninas? Como estamos? Ainda cheias de questões, dúvidas, dores e amores. Mas é assim que somos mesmo, meninas. E somos bonitas assim. Sabe? Cheias de complicações, medos e soluções. Este ano eu fui muito menina, e aprendi a ser muito mulher. Observei algumas outras como eu, os conselhos sempre se identificam. As conversas são sempre boas, os vinhos sempre engraçados, as histórias sempre tristes, e as lágrimas sempre encontram um olhar para amar. É uma delícia ser deste sexo. Ser desta cor de rosa. Ser menininha e um mulherão. Deixar as coisas soltas, jogadas, desajeitadas, tudo exatamente como a gente gosta. Organizar tudo do mesmo jeito, com planos e mais planos, estratégias e direções, do jeito nosso de ser. Complicadinhas só porque a gente acha legal assim. Chatinhas só porque eles nos amam assim. Resolvidas porque somos lindas assim. Choronas, engraçadas, sedutoras... só porque o conto de fadas é nosso e a gente faz dele o que quer. O armário é nosso e a gente veste o que sentir, ou se esconde lá dentro se quiser. Aliás, ás vezes eu acho que o mundo é nosso e a gente pode tudo. Aproveitem as saias e vestidos, com sandálias ou all-star, vale tudo quando você faz parte dessa turma.
Neste 2007, o único na história, seja única na sua história. No seu jeito, no seu amor, na sua cama. Seja a única em você. No seu sorriso, em suas palavras, experiências. Seja única no meio de todas as suas meninas e meninos. As histórias são sempre parecidas, se repetem, mas os personagens são sempre outros e a narradora sempre soberana. Narre sua vida como quiser. Viva a leveza de criar sua liberdade, de sonhar suas vontades e vomitar suas frustrações. Deixe seu gosto por aí e suma quando sentir. Se arrependa e dê muita risada quando não se arrepender nem um pouco! Sorria, com vontade, e chore suas tristezas. Compartilhe-se com o amor da sua vida e faça loucuras com a história de vocês.
Neste ano você é sua. Se aproveite.

Thursday, December 21, 2006

A vida e ele.

Ele saiu na rua descalço. Procurava sentir a areia nos pés, mas a praia estava há alguns quilometros de distância. Ele não queria ter rumo, só queria sentir o chão sem saber onde iria dar. Vestia uma calça jeans um número maior que o seu e uma camiseta branca, ele sempre estava lindo. Aquele dia tirou tudo da mente, esvaziou o coração, limpou a alma, e saiu. Seus olhos queriam ver coisas diferentes, mas o olhar não se fixava em nada, talvez apenas nele mesmo. Ele podia ouvir uma música boa enquanto caminhava, a música era só dele e tinha tudo que ele precisava naquele momento. A noite estava quente, com um vento frio que passava de vez enquando. Ele continuou caminhando sem saber, sem porque, sem nada, só com ele. A vida já tinha lhe dito tanto, e ele ainda corria para alcançar as coisas que perdeu. Aquela noite estava sozinho e se sentia bem em sua solidão. Muitas pessoas passaram por ele, algumas marcaram sua história, outras não fizeram por merecer, mas cada uma tinha em si algo especial que lhe dizia que eram importantes em suas diferenças. Aquela caminhada não faiza sentido, não tinha propósito, o que é que ele estava fazendo? Parou por um segundo e as pernas não lhe obedeceram, voltaram a caminhar e ele entendeu que não podia parar. Os pés estavam felizes em sentir a vida na pele. Seu corpo agradecia aqueles momentos de solidão, sem nada pra pensar, ouvindo o que quisesse imaginar e sentindo no rosto aquele vento que trazia boas novas ao calor da noite. Ele fechou os olhos e sorriu. Pôde sentir o que estava acontecendo com ele, pode entender que não era loucura, ou talvez até fosse, mas aproveitou cada minuto dela. Não pensava em voltar, o caminho tinha lhe reservado surpresas e sem premeditar ou fugir, ele aceitou o que estava por vir. Não conseguiu cumprir ao mandamento de que homem não chora. Porque aquelas lágrimas estavam a muito pedindo para sair e ver o mundo, então ele as deixou, e ficou feliz em senti-las em seu rosto. Fazia tanto tempo. A noite lhe fazia convites, e ele aceitava cordialmente, assistindo aos espetáculos das estrelas que pareciam ter sido preparados especialmente para ele, e talvez tinha sido mesmo. Ele podia mais do que imaginava. Mas por tanto tempo ficou dentro daquela casa vazia. Parou por alguns minutos para apreciar o céu. Seu sangue esfriou e sentiu uma dor nos pés que lhe fizeram franzir a testa. Mas junto com a dor ele esboçou um sorriso, porque aquele sangue ele queria há muito ter visto. Era o sangue da vida. E agora ele podia viver.

Tuesday, December 19, 2006

Bonecas

Bonecas de retalhos, bonecas de pano, bonecas de madeira, bonecas de plástico, bonecas que falam, dançam e tiram suas roupas sozinhas. Todas elas. Todas iguais, com o mesmo sabor, comportamento, idade, vaidade, futilidade. Nesta noite todas as suas bonecas não valem nada, você está sozinho e pensa onde pode conseguir mais uma. Toma um banho, veste aquele seu jeans lindo, uma camiseta básica que faz o seu estilo e arruma o cabelo pra ficar irresistível. E pra completar, o perfume que elas nunca mais esquecem. Sai de casa com o seu ar de quem pode tudo, e você pode mesmo. Vê algumas bonecas nas vitrines dos bares, é claro que você não mexe com elas, você sabe melhor que isso. Hoje a noite você quer alguma coisa diferente, as bonequinhas de bares não vão te satisfazer. Um, dois, três amigos ligam, você sempre atende com sua simpatia que eu adoro... Mas hoje não tem futebol, não tem jantar e nem baladinha, não tem nada. Hoje você precisa de uma boneca nova e não volta pra casa sem ela. Você sonhou com ela na noite passada, não conseguiu ver direito seu rosto, apenas os traços de seu corpo. Ela era linda, isso você se lembra, e tinha algo de diferente nela. Você não a encontraria em qualquer lugar... a noite ia ser longa. Ruas e mais ruas, todos os lugares que você está cansado de ir, até tentou uns bairros alternativos pra ver se encontrava alguma coisa, mas nada. As horas foram passando e até nas lojas de conveniência você tentou. Parou o carro no meio da rua. Será que estava ficando louco? Você tinha todas as bonecas, até repetidas e qualquer uma que quisesse, que modelo era aquele com que tinha sonhado? Você estava por desistir... e pensou em algo. Continuou rodando, como se tivesse ouvindo uma vozinha bem baixinho... te guiando pra onde deveria ir... você já estava se apaixonando por aquela voz doce quando ela sumiu. Sentiu uma solidão que doía, e seus olhos se voltaram para uma livraria, aberta na madrugada. Triste e com saudades da voz que te guiava, resolveu entrar naquele lugar que você nunca entraria na sua vida de baladas e bares. Os livros pareciam te acolher de uma forma um pouco assustadora, mas o lugar era moderno, com um cara tocando um violão bom... você se sentou e pediu um café. Se os seus amigos te vissem agora...! Seus olhos encontraram um livro da barbie, e você conseguiu dar o primeiro sorriso da noite, lembrando com quantas bonecas já tinha se divertido nas camas do mesmo motel. Você era um cliente fiel, ou era mais fácil assim. Olhou pra xícara de café, você nem gostava de café! Ficou com raiva daquela boneca sem mesmo conhecê-la. Foi quando sentiu um toque no ombro e se virou. Era ela, já conhecida e tão misteriosa naquele momento. Era a sua voz que ouvia pouco antes. Se lembrou de telefonemas, risadas, papos proibidos, era ela. Linda. Com uma saia e uma blusinha branca, não podia estar mais simples, não podia estar mais linda. Você não conseguiu deixar de pensar no mesmo minuto em levá-la pro mesmo motel, e foi o que fez. Ela era mais quieta do que você imaginava, tinha os olhos baixos, mas quando falava e te olhava, fazia valer a pena. Ela tirou suas roupas, ela te provocava com palavras, ela te desafiava de um jeito que te excitava, ela era uma boneca linda, um pouco como as outras e totalmente diferente das outras. Você ficou com ela quase a noite toda, e como sempre, foi embora sem saber se ia querer vê-la de novo. Mas você quis, talvez pra se distrair, talvez para fazer o que não fez na primeira noite, talvez para vê-la por uma última vez. Ela foi. Estava mais quieta ainda, com o olhar mais baixo ainda, eu acho que ela não queria estar ali. Mas você fazia valer a pena. Tirou a roupa dela, a provocou com beijos por todo seu corpo, ela gostava de estar com você. Mas você ficou com medo, de alguma coisa, de qualquer coisa, apavorado com qualquer possibilidade e seguiu os procedimentos. Acabou com aquilo, ali mesmo, sem mais nem menos, do seu jeito, que ela concordou.
Ela era só uma boneca e você não podia se apaixonar por ela.
E você é só um menino medroso que ainda brinca de bonecas...

Saturday, December 16, 2006

Em lugar nenhum

Te procurei nos rostos estranhos de pessoas que passavam pela rua.
Te procurei nas roupas de desconhecidos, em qualquer moletom, camiseta ou estampa.
Te procurei em álbuns de fotografia, fotos de outdoor e até em pontos de ônibus.
Te procurei nos perfumes alheios, nas flores e pescoços que chegavam até mim.
Te procurei nas esquinas, nas ruas, ruelas, passarelas e no céu.
Te procurei na caixinha de lembranças, no fundo do armário e quando fechava os olhos.
Te procurei em risadas sem graças, em sorrisos sinceros e em bocas gostosas.
Te procurei em olhares qualquer, em olhos misteriosos e visões da minha cabeça.
Te procurei em lágrimas perdidas, em fôlegos tomados e gritos de desespero.
Te procurei nas areias, nas águas e em todo lugar onde você não poderia estar.
Te procurei rindo ou chorando, bonito ou desajeitado, vivo ou morto.
Te procurei com um amor inexplicável, com uma paixão fogo de palha e te procurei por procurar.
Você não estava lá, nem aqui e nem onde devia estar.
Te procurei até dentro de mim, no coração, no lugarzinho de românce cego e puro.
Não tinha você lá. Tinha só esse texto.

Wednesday, December 13, 2006

Louca

Passei o dia tentando me convencer de que estava louca. Gritando, puxando os cabelos, pulando na cama, falando sozinha, tentei de tudo. Mas nada me convenceu de que eu não estava apenas me libertando de algumas algemas. Até escrevi um textinho mal educado, discuti por email com uma desconhecida carioca, discuti pelo messenger com um coitado que não tinha nada a ver com nada, enfim, nada funcionou. Eu continuava raciocinando muito bem obrigado e isso tudo só fazia parte de uma história que eu estava querendo viver. Então me olhei no espelho e disse pra mim "Você é uma menininha mesmo não é, e você gosta disso fala a verdade?" Eu não respondi, é claro, fiquei com vergonha da resposta. Mas a verdade é que tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que eu gostaria de estar um pouco louca, de falar palavrão sem achar horrível, de agir sem pensar e discutir a toa, mas não adianta, eu não sou dessas, e nem quero ser eu acho. Eu prefiro continuar acreditando a me tornar cética e pessimista. Eu prefiro conhecer as pessoas melhor do que ficar tentando provar que sou bem resolvida e entendo da vida. Eu prefiro ainda ficar quieta e ouvir, observar, a ser quem vai dar a última palavra. Eu prefiro ser meiga, porque carinho quebra as pernas de qualquer um. E não consigo ser uma vaca porque não sou, e porque hoje elas são tão comuns e eu odeio o ordinário. A verdade é que quando eu sinto alguma coisa e não posso dizer pra ninguém isso me sufoca a ponto de eu querer morrer, porque não existe nada melhor do que compartilhar a vida com quem se ama. Mas ás vezes não dá pra falar, não é assunto pra conversa de bar, não diz respeito a mais ninguém e eu tenho que resolver sozinha, e isso me faz querer ficar louca por um dia. Então me vem aquela calma que eu tenho mesmo, e eu curto ficar comigo sozinha mesmo, coloco a música pra repetir e ouço 387 vezes seguidas e continuo a achar uma delícia. E daí é isso...o dia está tão bonito hoje...

Wednesday, December 06, 2006

Criando meu mundo como acho feliz.

Olha eu de novo. Conquistando sonhos e quebrando corações. Andando sorrindo na chuva como se o mundo fosse tão bonito de sentir. Voando tão alto que não vejo problema em fechar os olhos e abrir os braços para o vento. Descobrindo as pedras tão estranhas no meio da terra, tão estranhas e tão lindas. Olha eu de novo. Viajando nas minhas histórias, criando meu mundo como acho feliz. Correndo no sol com protetor solar, e só. Vibrando com as possibilidades do deixar rolar e do pensar duas vezes. Olhando pra vida com aquela minha carinha irresistível de “eu quero muito mais de você... você pode me dar?”. Deixando meu gosto nas bocas que amo, sem medo de dizer o que sinto porque o que sinto é tão bom, pra mim e pra você. Dividindo a minha vida mais do que eu posso... E então eu gostaria de ser mais de uma pra não ter que fazer a coisa certa. Olha eu de novo. Pela primeira vez de verdade, curtindo o novo como só eu sei fazer, porque você sabe... só eu sei fazer do meu jeito. Desejando a vida com cada célula minha, não sabendo mais como expressar esse desejo, essa alegria, essa coisa gostosa que se chama viver. E eu gostaria de ajuda pra fazer isso, mas de novo, a história é só minha e eu não posso roubar mais ninguém pra mim. Olha eu de novo, de novo. Como se pudesse fazer qualquer coisa, e talvez eu possa mesmo, quem sabe cada palavra a seguir sou eu! Olha o balão enchendo de novo Rê! E eu não sei como agradecer, não sei como me expressar melhor, não sei como esperar o momento certo, porque parece que todos os dias são dias pra ser e fazer feliz! Será que estou errada? Pedindo demais? Não... Acho que isso tudo é apenas eu, feliz.

Sunday, December 03, 2006

Piada das intenções

Não posso dizer que sei de tudo, mas gosto de experimentar. Você pode achar essa frase oferecida, mas não estou ligando para o que ela significa pra você, e sim pra mim. Pra mim significa exatamente o que diz: "Meu único defeito é não ter medo de fazer tudo que gosto". Sábio aquele que disse que depois da tempestade vem o sol. E se não fosse assim, cheio de altos e baixos, cheio de lutas e conquistas, o que é que seria? O monstro do ordinário. Não posso dizer que nunca o temi, aliás acho que meu maior medo na vida sempre foi viver com esse monstrinho sem graça, viver uma vidinha comum, assim igual a de todo mundo. Muito mais que temer a morte, afinal morrer não deve ser tão ruim assim, o ruim é sentir a dor e saber que logo ela acaba pra sempre. Se não fosse a bendita da dor, como é que saberiamos que estamos vivos? A dor está sempre lá, o que muda é a intensidade, assim como o prazer... E a dor te perder tem sido pouca, assim como a gente, que fomos pouco um com o outro. Tinha tanto mais, mas melhor assim, não é? De que adianta te perguntar, você nem sabe de verdade. Tudo bem, eu também não sei , mas como esse texto é pra ser largado, eu tive que largar mão de pensar em você, e é claro que não deu certo! Mas eu continuo tentando e escrevendo, pra ver se me vem mais idéias na cabeça e menos lembranças do seu gosto. O bom dos finais precipitados é isso, as coisas sempre ficam fresquinhas e gostosas na memória, não tem nada de que sofrer, só de fechar os olhos e imaginar acontecendo tudo de novo, porque a verdade é que a gente nunca aprende certas coisas! E é isso, ficamos assim então, nem você me liga, nem eu te ligo. A gente acabou. Até a próxima piadinha sem graça e com muitas intenções.

Thursday, November 23, 2006

Você me traiu

Esse você que preenche as linhas minhas. Você sabe fazer de tudo, você sempre tem idéias novas , você sempre satisfaz e deixa um gostinho novo, você só podia estar no papel mesmo. É triste pensar que você não existe aqui, no meu mundo. Talvez se eu escrevesse mais, quisesse mais, procurasse mais... Talvez você fosse real. Talvez quando eu abrisse os olhos você aparecesse, e não ao contrário. Será possível? Com os olhos fechados você é possível. No escuro você é uma linda possibilidade. Mas na minha mente o vício sem você é mais forte, é mais "real", é físico, não é você. Eu leio sobre você nas linhas de outra mulher, fico com ciúmes, fico com raiva, e penso se você existe pra ela mais do que pra mim. Penso que você tem estado muito distante de mim, e quando te leio em outras linhas me sinto traida e ao mesmo tempo menos triste em saber que você engana todas nós, todos nós que falamos tanto de você, que dedicamos tanto nossos pensamentos e letras a você. Você que é maravilhoso, que de longe é o melhor homem do mundo, que é aquele que cabe pra mim, e pra ela, e pra todas as outras. É você, em quem eu penso quando eu quero um pouco mais. É você que eu penso quando eu espero a fantasia acontecer, e nada, você sim faria tudo, pensaria em tudo, usaria do momento, e não deixaria passar a oportunidade de viver uma loucura tão linda. Você sempre sabe o que dizer, sempre sabe ouvir, sempre sabe o que eu quero, o que ela quer, o que todas querem. Você recebe tantas declarações. E eu fico com raiva que você não é só meu, fico com raiva porque com ela você se desenvolve melhor, nas linhas dela você parece mais real, mas talvez seja só impressão, ou tempo de experiência. Mas eu continuo com raiva, com ciúmes, e querendo que você seja todo meu, que eu seja dona de todas as suas histórias e que você um dia, olhe pra mim com um olhar que eu nunca vi, pegue minha mão com as suas, e diga que sou só sua, assim como você é meu, e dela e de todas as outras. Ainda bem que você não existe.

Tuesday, November 21, 2006

Ela

Ela estava gritando, e não saia um som sequer de sua boca. Ela estava chorando, e o sorriso em seu rosto era genuíno. Ela estava presa, e dançava com competência e leveza. Ela sangrava, e sua pele nunca estivera tão bonita. Ela sofria, e seus conselhos transformavam vidas. Ela não tinha o que vestir, e chamava a atenção onde quer que entrasse. Ela sentia dor, e seus toques curavam. Ela queria desistir, e assinava mais uma obra prima. Ela estava sozinha, e estar ao seu lado era sentir-se acolhido. Ela não tinha mais palavras, e compunha músicas para a alma. Ela se cansou, e a cada dia subia mais um degrau. Ela não tinha mais fé, e Deus ouvia-lhe as orações. Ela não queria mais, e lá estava todos os dias no horário marcado. Ela se frustou, e suas conquistas entraram pra história. Ela não dormia, e a cada amanhecer o sol estava lá. Ela não comia, e alimentava a tantos. Ela estava triste, e um olhar seu alegrava o mundo. Ela estava perdida, e seus passos guiavam a esperança. Ela estava confusa, e seu rosto trazia paz. Ela não se sentia mulher, e seu amor constragia. Ela pensou em parar, e seus pensamentos viraram livros. Ela achava que não tinha mais nada pra oferecer, e sua vida era um referêncial. Ela se sentia incapaz, e seus textos ensinavam a viver. Ela doia dentro de si, e era tão bom tê-la por perto. Ela achava que não mais poderia, e construiu de novo. Ela desacreditou, e fez outros viverem. Ela não era ninguém, e ela era tudo.

Tá escuro

Eu queria tudo e agora. Nessa escuridão onde eu não posso ver nada e o meu peito pode respirar fundo e livre. Nessa escuridão onde não tem diferenças, tudo está escuro e cheio de possibilidades. Eu queria sentir agora, nesse momento escuro, nesse mundo possível que invade o espaço e enche o quarto com a leveza e liberdade, eu quero sentir agora, a ansiedade tem que me deixar. Eu quero sentir que as possibilidades existem, que você está nessa comigo e que a escuridão já não assusta mais. E se eu pudesse assistir nesse momento os meus desejos, aspirações, sonhos, todos juntos, nessa escuridão, será que haveria luz? Eu passei pouco tempo no escuro, suficiente para não ter mais medo e gostar dele, gostar de desenhar no escuro, de escrever no escuro, e não ver nada porque tudo que tem sou eu e o que eu posso. Não queria enxergar o palpável, tão manjado e frustante, típico de uma desilusão, mas eu tenho, fazer o que? Abrir os olhos e deixar a luz me cegar pra eu não ver mais nada. No escuro não se vê nada, e com muita luz nada também. Infames olhos, sempre dando um jeito de não ver nada, imaginar é mais gostoso? Talvez quando se pode ver realizar. Eu tentei dançar no escuro e bati a canela por todas as quinas, péssima idéia, tem coisas que são bem melhores com a luz acesa, e não tem jeito, tem que sair do escuro e apreciar os detalhes. E dentro da cabana improvisada eu fechava os olhos pra não ver a cena linda que não iria acontecer nunca, por falta de criatividade, pelo menos no escuro dos meus olhos ela acontecia e tudo corria perfeitamente. Eu não sei o que fazer então. Pra ter tudo e agora, quando de olhos abertos os pensamentos ficam tristes e no escuro ficam tão possíveis. Será que a luz me diz que não posso nunca? Não, acho que me diz que tenho muito que fazer, e eu prefiro fechar os olhos, apagar a luz, e deixar acontecer no escuro, tudo de brincadeira. Mas tem aquela história de que brincadeira tem que acabar e eu tenho que abrir os olhos, e daí? E daí? Alguém? Sei... é mais fácil porém, menos dolorido, é mais gostoso? De jeito nenhum! Não é real. Ponto pro raciocínio. Nada como a realidade, até quando é pra brincar.

Tuesday, November 14, 2006

A folha branca

A folha branca pede as palavras, pede o argumento e se excita com a estória. As vezes se decepciona, muitas vezes se decepciona. Mas isso faz parte dela, faz parte de quem a formou, e as estórias juntas, mesmo com as decepcões, formam quem ela é: Uma folha branca cheia de estórias e histórias pra contar. A experiência briga com a criatividade, elas parecem não se entender e a experiência sempre quer contar a sua primeiro. Mas a criatividade é boa praça, deixa-a discertar em quanto acrescenta uns detalhes aqui e ali na conversa. Tudo bem essa folha é assim mesmo, das brigas surgem textos, das alegrias surgem textos, das tristezas surgem textos. E a folha da risada de tantas estórias. Chora de tantas estórias. Vive de tantas estórias e histórias.

Espero te ver feliz

Foi sem falar nada que a conversa se desenrolou. Foi nas entrelinhas, nos olhares e nos nomes errados. Nas faltas de respostas, de telefonemas, de compreensão e de saber o que é que estava acontecendo. Essa conversa eu nunca tinha tido, nem sabia como começar mas parece que fiz direito, deu certo e você continuou, do seu jeito, do que você sabe fazer tão bem e está tão cansado de interpretar. Sim, você entende essas palavras, eu sei que elas parecem difíceis, meio fora de lugar, mas você entende sim. Entende que o amor nunca é convidado, que a convivência faz com que ele cresça, e é assim inevitável. Sempre achei que fosse mais fácil eu cair nessa, eu perder a linha e esquecer que tudo era brincadeira, nunca pensei que fosse você, e por isso você fosse fugir. Fugir não, porque não faz a sua cara, mas tomar uma decisão tão dura de virar as costas pra esse sentimento proibido, ou melhor, pra essas atitudes estranhas que não podem agir com essa vontade. Como seria se pudesse? O que você faria? Sim, eu sei, eu seria mais uma, porque o que me faz diferente é o não poder, nunca. E todos sentimos não é verdade? Por mais que digam que não, por mais que amem, que até lutem... Todos nós sentimos. Consequências ou não o mistério nasceu pra ser desejado, e todos nós queremos ser detetives. Agora as decisões são sempre nossas, e tem sempre um momento, o momento, e aí está nossa diferença, aí mostramos o que realmente importa, nenhum corpo é tão fraco pra resistir, são as mentes que decidem se sim ou se não, são elas que se importam ou não, e que bom que a sua se importou, soube agir como eu nunca pensei que pudesse. Mas estragou nossa segunda opção, sua decisão também, mas eu respeito, tenho que respeitar. Espero que fique bem com suas bonecas, que encontre uma que ame de verdade e que deixe sua mente tomar mais decisões como esta, pra você ser feliz.

Monday, November 06, 2006

A tribo dos sem vergonhas

Fases e mais fases. Espero não ser como a lua e ficar repetindo as caras. Ainda bem que eu to longe dela pra não pegar. Mesmo tão bonita e sedutora, essa história de ficar andando em circulos já chega pra mim. Pensei em investir mais em mim, em mais cultura, músicas, filmes, artigos modernosos, mas sempre que tento me interar lançam coisas novas e eu fico pra trás. Então eu desencanei de ser um poço de cultura, poços só servem pra alguém cair dentro. Vou curtindo o que me atrai, o que gosto, o que sinto, e se for parte dessa conversa, tudo bem, ponto pro acaso. Sabe por quê? Eu já fui da turma das patricinhas, tudo igual tudo igual e tudo igual. Já fui da turma das surfistinhas, tudo igual com ondas tudo igual com ondas e tudo igual com ondas. E tentei fazer parte da turma dos cultos modernosos, tudo igual com caetano tudo igual com caetano e tudo igual com caetano. Sabe? Muda só o design e a composição, a função é mesma. Claro que não vou ser eu a criar uma nova tribo ( eu odeio essa palavra...tudo igual) , claro que vou sempre fazer parte de uma, todo mundo faz, até sem querer, mas acontece que a necessidade é que não existe mais. Essa turma de agora é a que vai ser pra sempre, a gente faz parte sim, inevitável, mas foi bom encontrá-los no acaso, simplismente porque se parecem comingo em coisas diferentes. Não foi medido sabe? Serviu e pronto. Eu sou mais feliz sabia? Porque se tem alguma coisa que nos distingue eu não preciso esconder e fingir que não existe só pra fazer parte, todo mundo tem o seu fator e tudo bem, tudo bem aceito, tudo certo. Somos sem vergonhas no sentido mais literal da expressão. Não temos vergonha de rir alto, de chorar, de falar de nossas famílias desajustadas ou certinhas demais, de usar uma roupa que não tem nada a ver, de precisar cortar o cabelo e não cortar. De usar a mesma calça jeans em três encotros seguidos, de dizer que vamos ligar e mandar uma mensagem dois dias depois, de agitar a balada e não ir porque depois daquele banho quente o pijama te seduziu. Não temos vegonha de ficar em casa com os pais no sábado a noite, de ir na Igreja aos domingos, de falar de Deus no barzinho e de tocar louvores seguidos de Ana Carolina e Seu Jorge. De dançar músicas breguissimas com coreografias inéditas mais bregas ainda, e a gente não tem vegonha de se divertir com isso, de beijar o cara do trabalho que não tinha nada a ver, e de namorar há 4 anos e querer casar de vestido de noiva. De errar tanto, assumir e corrigir, de dar a volta por cima quando tudo tá precisando dar uma volta pra respirar. De abrir mão do orgulho e ligar sim, de lutar pelo acredita porque é tudo que temos, de gritar tão alto pra provar um argumento, e de ficar em silêncio porque experiências cada um tem a sua do seu jeito. Não temos vergonha de não termos vergonha alguma, e ainda assim ser um pouco tímido e sem jeito, demorar pra se abrir com os amigos, e não querer falar de certas coisas porque sente vergonha. A gente não tem vergonha de não saber, e de planejar a vida. Não temos vergonha de ter medo, e temos medo de tantas coisas. Mas a gente é assim mesmo, lindos, cada um com seus defeitos, qualidades, expressões e tensões, e se alguém quiser fazer parte da turma, esteja preparado para ficar nu.

A amiga de verde

Ela estava um pouco irritada e fora de lugar. Aquelas coisas do coração que a gente pensa que ela não vive mas sim, ela é uma de nós. Mesmo incomodada com a roupa pensadinha combinando com seu cabelo curto, aguentou firme dentro dela e foi feliz por mais uma noite. A atração era outra, mas foi ela quem atraiu olhares e outros ansciosos por alguns momentos de sinceridade e liberdade. E mesmo se sentindo um pouco envergonhada e fora dos limites, foi feliz por mais algumas horas. Ela se permitiu, explodiu de orgulho, ela queria que o cara visse que ela sabe ser mais feliz que ele, ela dançou de ponta cabeça e pagou mico. Tudo para resultar naquele milésimo de segundo: sozinha na pista improvisada, procurando um olhar conhecido pra rir com ela, e não encontrou nenhum, mas ainda assim riu, sozinha. E foi feliz por mais aquele sorriso.

Tuesday, October 17, 2006

Final Feliz

É isto mesmo então. Achei a vida tão procurada e continuo cheia de perguntas. Pelo menos agora tenho pra quem perguntar. E a pergunta é se eu vou ser igual aquela menina, mulher, sei lá o que daquele site super legal. Porque apesar de achar ela o máximo, eu não quero ser igual a ela não. Primeiro porque bunda é um coisa que não me falta e sim me farta até demais. Segundo que ainda tenho uns aninhos a menos e umas experiências a mais. Como diz minha amiga Luciana o problema não é errar, mas cometer sempre os mesmos erros, até os mais fiéis dos leitores se cansa menina. E você manda eles praquele lugar. Tudo bem, mas eu não to afim de ser assim não. To longe de encrencas e quem anda em circulos atrás do próprio rabo é cachorro, ou cadela. O importante é que eu aprendo, todos os dias, todos os filmes, todas as linhas. E é uma delícia essas lições, as vezes tão duras que me deixam de cama, as vezes tão sérias que me fazem querer ficar trancada no quarto. Mas novamente a Luciana (essa menina é quase um oráculo, perceberam?): "O que me calava a voz vai ter que aprender a cantar". E não pode ser qualquer música, nessa história eu to exigindo o melhor, e que venha com dança e interpretação porque este meu papel qualquer atorzinho não aguenta. Mas esse medo, ah! esse medo me travou uma guerra, e com prazer me levanto contra sua vontade todos os dias, e luto porque sei que já venci. Afogando meus sonhos, brincando assim com o que eu mais amo. Mas eu sou uma lady, vamos combinar. Não desço do salto nem por decreto porque me enoja ver essas pessoas pequenas que por tão pouco perdem a cabeça e praticamente veneram um bom barraco. Esqueceram-se de conversar, de manter a calma, de respeitar e de serem humanos, o próximo que se dane e volta a correr atrás do rabo. Tudo bem, eu aprendi, e eu encontrei, isso que importa, porque agora me dá prazer levantar, me alegra ainda mais as pessoas lindas e admiráveis, e me impulsiona ainda mais praquilo que é o inevitável. Esta escrito na minha testa você pode ler. A história só acaba quando tem um final feliz, e muito obrigado eu já tenho o meu. Começo uma outra história, em que outras pessoas fazem parte, nesta eu sou muito mais feliz, muito mais mulher, muito mais amiga e muito mais eu. E parafraseando: A história ainda não chegou ao fim...

Muito eu entre as palavras

A minha vida só eu sei. E os caminhos são todos meus. E pode até parecer que eu fale muito das coisas minhas, mas isso é pra deixar claro que não perdi nada. Sim,um erro e outro, situações sérias até, mas o que seria essa história sem elas? O antagonista também é essencial, a tensão e os obstáculos não passam mesmo de artifícios pra te fazer subir, pra te dar um condicionamento físico e as provas são assim mesmo, por que o espanto?
A vida cor de rosa não descoloriu não, ganhou muito mais cores e amores, muito mais vida. E pra quem acredita que me destruiu...é melhor que pense assim e aguarde o terceiro dia. Essa intensidade me consome, me impulsiona e me dá a certeza que está tudo certo, de que o caminho é este mesmo, por mais louco que pareça, afinal foi o que você pediu não foi?

Amostra Grátis

Pra você que acredita em mim. Que, ainda, acredita em mim, e com todo o teu amor, me enche de inspiração e vida. Pra você, esta pessoa tão diferente e assustadoramente igual a mim. Pra você é este meu sonho, é esta caminhada, é esta mulher que esta se formando. Pra você foi que Ele me deu, assim mesmo, não de mão beijada, mas com tanto esforço, com tantas lágrimas, com tanta luta, e depois de pensar em desistir tantas vezes, foi pra você. E dói saber que te magoei, e me dói mais ainda por você continuar a acreditar, e a me amar tão dessa forma que só você sente. Eu também te amo demais, tanto, que às vezes nem entendo esse amor louco e incrível. E a vontade de te fazer feliz supera até mesmo a minha de ser, porque o seu sorriso é seguido do meu e, assim nós gargalhamos juntos, como tantas vezes. O seu jeito e suas expressões, tão sinceras, tão engraçadas, tão nossas. Ninguém mais tem isso, só nós dois. Eu nunca sei como te descrever. Me embriago nesse sentimento e fica difícil explicar qualquer coisa. É neste momento que sei que ainda tem muito pra acontecer, ainda tem muito pra se desenrolar dentro de nós, e a gente ainda não descobriu nem a metade do que sentimos um pelo outro. É por isso que é assim, meio sem definição, é por isso que quando a gente fala o que sente, fica mesmo sem palavras, porque ainda não descobrimos nada, só uma amostrinha de paixão, amor e tesão. Uma amostrinha grátis, que nos deixou assim sem entender e nos grudou desse jeito nosso, de não conseguir ficar longe, de sentir falta depois de algumas horas. Esse é nosso amor, tão gostoso, e tão misterioso, tão incompleto ainda pra nós, tão inconstante e tão desafiador que nos faz prosseguir, não desistir, e acreditar com todas as nossas forças de que desta amostrinha, tem um pacote gigante endereçado a você e a mim.

Pode vir do telhado

Esse aqui vai praqueles que adoram me perseguir, que criam justificativas falsas e que, coitados, até eles acreditam! Quer saber? Eu sou livre, diferente de você. Eu tenho um Deus, diferente das tuas crenças superficiais. Eu tenho uma promessa, diferente das tuas palavras humanas e oportunistas. Eu tenho uma família, diferente dos teus relacionamentos de ocasião. Pois é, o meu socorro, pode vir pela porta, pela janela e até pelo telhado! Porque meu filho, Deus é fiel e pronto. Na minha vida, aquilo que você enxerga e não sabe o que é, aquilo que você inveja e não sabe por que, é esse Deus que você pensa conhecer, que você finge servir. Um dia você vai conhece-lo, vai aprende-lo e então vai perceber...que não vale de nada sua força, não vale de nada seu aparente prestígio, você não vale nada sem Ele. E quanto a mim...daqui a pouco a gente se cruza, e daí você mesmo tira suas conclusões. E cuidado ao olhar pra cima hein...

Sim, eu vou continuar

Como é que eu equilíbrio e organizo tudo isso aqui dentro? E por que será que está tudo tão difícil? Por mais desafiante e por mais instigante, me deparo com este quadro novo, estranho, grandioso e não sei o que sinto, porque o medo já não me assusta mais. Olho com grande expectativa para minhas decisões, atitudes e desenrolares. Como será que vai ser? O que será que vai ser? Essas músicas tocam na minha cabeça e me inspiram a procurar, vasculhar e explorar meu futuro e minhas palavras. Será que eu tinha mesmo que passar por este momento? O que ele significa se não um amontoado de dores e uma gastrite nervosa? O que é que vou ter que fazer pra não perder, pra não ter que decidir pelo deixar você... Como é que eu faço pra isso não te afetar, não mudar seus olhos de sonhos tão lindos, como é que eu faço isso?
Tenho tanto ainda. Não, não conseguiram me esgotar. Não acabaram com a minha história porque eu posso escrever a qualquer hora, e fica cada vez melhor, mais complexo e mais simples. Cada vez mais lindo como essa música. Eu cansei de baladinhas manjadas, atitudes previsíveis e desse meu tempo. Já saquei, já posso mudar, o próximo por favor! E agora, o que eu faço com esse papel em branco e essas canetas na minha mão? Por favor, me deixa fazer o que eu quiser, o que eu sentir! Me deixa, que esse quadro delicioso, colorido, cheio de formas redondas e quadradas, cheio de palavras lindas e pesadas, sentimentos e sorrisos, olhares e lágrimas, pessoas muitas e poucas, flores, exóticos e muitas músicas, esse é o quadro. Lindo. Me deixa pintar esse quadro até o fim. Eu sei que estou toda suja com essa tinta, melecada até o cabelo com azul, amarelo, rosa e preto, e que também tá tudo bagunçado com jornais jogados e baldes abertos, mas quando eu terminar, pode tirar uma foto minha nesse cenário e daí sim, o quadro vai estar pronto.
Pessoas são tão importantes. Pessoas certas, nos lugares certos. É tão difícil deixar tudo certo, e eu penso que aquela história daquele você no corredor, só funciona mesmo na TV. É tão errado pra esse agora e você tinha estampado isso na cara, eu era errada pra você como você é errado pra mim agora. Nada. Não tem nada na mesa ao lado pra você menina! Se liga! Está tudo aí, na sua mesa, quer fazer o favor de aproveitar?! Um olharzinho e uma piscadinha de “eu to aqui ta?” mostram que realmente: Pessoas são importantes.
Só não posso deixar minha palavra morrer. Ela sou eu, e isso eu descobri a tão pouco tempo que ainda estou lendo o manual, por isso releve as falhas todas, por favor.
E daí? Como é que eu equilibro tudo isso? Não to pedindo uma resposta não, só quero que continue lendo, me deixe continuar pintar, me escute quando eu falar bem baixinho e dê risada quando eu gritar. Só peço que saiba ler meu olhar, que naturalmente diz que quero aprender, quero ser, e quero escrever muito ainda. Claro, com você do meu lado, quem mais? É você sempre. E se eu te deixar é pra te buscar depois com uma mochila cheia de presentes.
E minha decisão? Ela já foi tomada...há tanto tempo...se foi difícil? Ele nunca disse que não seria. E tudo bem, eu sabia, e cada vez que reafirmo este caminho minha vida faz sentido, é só aí que ela tem sentido. Pois essa gastrite não vai me deixar esquecer das atitudes, mas se ela pensa que vou odiá-la, vou amá-la por me empurrar com tanta força pra esses passos largos e firmes no caminho desenhado nessa folha antes branca, tão possível, tão limpa, tão pura, simples. Tudo que eu quero. Tudo que eu sonho. Tudo que eu posso fazer. E eu vou continuar a escrever, mesmo sem saber.

Monday, September 25, 2006

Encontrei comigo no caminho

Tudo que eu precisava era de um lugar pra sentar, um lápis e um pedaço de papel. Sai da minha segunda aula do curso de roteiro com informações importantes sobre minha vida, na verdade quando a aula terminou não sabia se tinha assistido uma aula ou passado por uma seção de terapia. O nome do momento é CLIMAX, que significa "um ponto de onde não se tem mais volta". Estava sem carro e tive que ir de ônibus, a ida tudo bem, o problema era a volta. Além de não ter idéia de como fazer para voltar, o dinheiro que tinha somavam exatos dois reais, ou seja um ônibus e eu não podia errar. Resolvi ir andando (como se tivesse outra opção...) até alguma rua que conhecesse...o caminho me fez muito bem, fui degustando e digerindo toda essa minha semana, esses últimos meses, os dois últimos dias e esta última aula, o clímax perfeito... No início dessa caminhada forçada senti uma coisa muito boa, não sei se foi a brisa que passou, ou o clima que estava perfeito: liberdade. Livre pra escrever o que quiser na minha história. E segui, sem saber bem se estava no caminho certo, mas com a certeza de onde queria chegar... Fui inspirando e expirando a vida, e ouvindo tudo que ela tinha pra me contar. Deixei um recado no celular da Luciana, porque estes momentos tem que ser compartilhados. Até que encontrei uma rua conhecida: Oscar freire, longe das vitrines que vendem roupas mais caras que automóveis, a rua me pareceu muita mais rica deste outro lado. Uma casinha de tijolos aparentes com as janelas verdes de madeira, e uma primavera que floresceu todos os seus muros, "perfeita" pensei. Uma plaquinha "Aluga-se Kitchnet mobiliada, com geladeira" fiquei tentada a parar mas minhas penas e minha mente estavam empolgadas demais com aquele caminho, e seguiram em frente. Casinhas pequenas e antigas, pintadas de rosa, roxo, verde e branco, não podiam ser mais fofas. Tudo ao redor era lindo e muito possível. Mas o mal também estava lá, como toda boa história: uma boneca pendurada pelo pescoço em uma árvore na calçada, pichações sem sentido e mensagem em prédios comerciais, "Parabéns Princesa" de pessoas que não tem nada para serem parabenizadas porque lhes falta o mínimo que é o respeito pelo próximo... Deus eu vou me lembrar. Outro recado pra Luciana. Como é que eu nunca havia caminhado por São paulo assim? Metrópoles são estruturas muito ricas. Que vontadae de escrever, não podia me escquecer de nada. Um cara lindo, com uma cara de mistério, ficou me observando de uma janelinha branca de uma casa de tatuagens em cima de uma Igreja Assembléia de Deus. Uma feira vendendo um monte de idéias e produtos, tudo antigo, usado, novo pelo menos pra quem comprasse. Um mendigo sentado no muro de um cemitério, embaixo de um fio desencapado, pendurado no poste de luz. Um longo cemitério. Um homem dizendo para uma jovem " é... isso aqui é passageiro mesmo..." Crianças caminhando pela calçada "vamos entrar no cemitério?" Corpos, mentes, ideais, vidas, sonhos, histórias enterradas, pedras e dizeres que diminuem tudo que podia ser lembrado e aprendido àquela imagem e espaço igual a todos. E daí a passagem mudou. As vitrines caras começaram a aparecer, os cabelos impecáveis, os super carros, Uniclass, Iguatemi, e tive que desviar do porshe parado na calçada. Não me pareceu muito diferente, parecia que ainda estava olhando para o cemitério. Tudo enterrado e diminuido em objetos iguais. Tudo igual. Deus eu vou me lembrar. E quando peguei o ônibus, aquele que não podia errar, sentei naqueles bancos mais altos do fundo, senti que já estava preparada pra isso. Desci no meu destino e, o sangue havia esfriado, e meus pés doiam demais nas minhas lindas havainas roxas. Minha vida também doia demais dentro da minha bolha de classe alta. Atravessei a rua fora da faixa, caminhei por entre os carros na grande avenida, e sim, cheguei sã e salva. Salva principalmente, e muito certa disso. Fiquei feliz por ter exatamente 22 anos, porque esse número não é muito, nem pouco, mas ideal para este momento. E tudo isso tá muito gostoso, como todas as possibilidades que existem e as que ainda vão surgir. Quando me basta saber o que quero escrever.

Wednesday, September 20, 2006

O mais difícil de escrever

Chegou um momento em que não existe mais volta pra mim. Não posso mais retornar, procurar outro caminho, e sequer olhar pra trás. Estou em um caminho onde tenho que me aceitar, assim como sou, e não mais fugir de tudo que me dava tanto medo. A menininha em mim definitivamente não tem voz neste momento e a mulher tomou o seu lugar e não pretende sair tão cedo...até que resolva todos os pontos. Fica mais difícil de escrever, a menina tem muito mais ilusões, muito mais histórias criadas, enquanto a mulher, tem pontos de vista, valores e histórias reais. A menininha fugia dEle, bem como filhinha de papai mesmo. E agora a mulher, senta aos seus pés, para aprender e derramar o seu melhor. Não vem de nenhum outro lugar. Não tem nenhuma outra explicação e solução: Deus. E a menina ainda não tinha tido coragem de colocar o nome dEle nas suas linhas, agora mulher tem a obrigação e a honra de citá-lo em sua história. Porque ela não chegaria aqui sem Ele, porque ela não tem nada sem Ele, porque ela não existe sem Ele. Mas com Ele...com Ele ela está segura. Ela pode chorar. Ela pode gritar. Ela pode conquistar seus sonhos, e os da menininha também.
Deus
É uma palavra tão pequena, e representa alguém tão grande. Minha criatividade fica nada perto do seu poder, e eu nem consigo escrever um texto direito. Minhas historinhas ficam vazias, por mais que eu me esforce. Falar dEle, escrever sobre Ele...não dá pra descrever, não dá pra parafrasear. A única coisa que consigo é isto. Este momento de reverência e sinceridade, de que nada é meu sem Ele, de que nada é por acaso quando se está com Ele. E com o olhar dEle o resto acaba, some com qualquer outra coisa, seu olhar de Deus, seu olhar de fogo, seu olhar de Pai, que diz que a mulher em mim agora tem que dar uma volta com Ele...pra ouvir algumas coisas, pra aprender algumas coisas. E o medo se transforma em temor, daquilo que Ele vai me dizer, e do que vai fazer...se misturando com uma enorme expectativa e vontade, de mergulhar ainda mais fundo, de sentir ainda mais, e de reconhecer que andei errado, porque faço isso mesmo, e que quero saber mais dEle, e da história minha que Ele tem pra me contar.

Monday, September 18, 2006

Nada

Depois do fim de semana cheio de coisas tão boas, nada de você. Nem uma conversinha de esquina, um bate papo furado, uma frase qualquer pra manter o clima ou pelo menos a educação. Nada. Nada de nada. E eu continuei com as minhas loucuras, e você continuou nada. O que mudou neste cenário foi que meus devaneios não são mais solitários...eu te disse que ia mudar daqui mas você não deu atenção como sempre, não deu importância pra essa estranha que queria te matar, queria te agarrar, queria se entregar, queria ser sua amiga e depois não queria mais nada. Porque foi assim que aconteceu: nada. E a palavra não podia ser melhor - NADA - tão sem graça, tão sem significado, tão vazia, tão sem gosto, credo...Mas me valeu muitas risadas, muitas histórias pra contar, muitos sentimentos novos, muitos mistérios desvendados e outros novos pra descobrir. No fim me valeu muito mais que pra você, e eu ainda acho que a gente se cruza nessas palavras jogadas fora, que ninguém entende, só você e eu. Que saco que basta uma palavra sua pra eu querer mais de você, mas sem nenhuma pretensão intensa como no começo, apenas mais dessa sua pessoa, dessa sua história que eu fico imaginando e querendo misturar com a minha. Sabe assim uma pessoa conhecendo outra pessoa, uma história se identificando com outra história, só isso que eu queria, e mais nada.

Aqueles cílios enormes como os meus

Palavras e mais palavras, conversas e mais conversas, palmas, muitas palmas no final de cada pensamento. O Sorriso dela é lindo como o de mais ninguém, e seu olhos costumam acompanhar aquelas gargalhadas gostosas que eu já me acostumei a ouvir. Quando ela fala, não pede atenção, roubando a frase do chorão, é o melhor jeito de definir seus discursos. E o melhor de tudo é que ela não é perfeita. As vezes me sinto olhando no espelho, as vezes me sinto uma menininha perto daquela mulher incrível...ele sabe ouvir, e este texto está parecendo exatamente o que é: uma declaração de amor. Mas para aqueles que não entendem nada da linda vida vamos lá: Amor ágape = Pai pra filho; Amor Eros = Homem e Mulher; Amor Philos = Eu e ela. Amo mesmo, com todas as minhas forças, e não vejo a hora de começarem as discussões, as brigas, os vários choros, tudo aquilo que rola quando se encontra alguém tão parecido com você. E eu quero estar do lado dela, em cada momento, naqueles que ela ainda não compartilhou comigo, mas sei que estão lá, e naqueles que nem vão ser tão importantes assim, mas que vão render boas risadas!! Amizade é uma coisa muito deliciosa, daquelas que a gente come com a mão e depois lambe os dedos ao som de uma boa conversa, sincera e real. Aliás tudo parece mais real e mais possível, e sabe o que é melhor? Saber que o sentimento é recíproco, que não estou ficando louca nem nada, quer dizer, estamos ficando loucas juntas e de mãos dadas vamos pular e mergulhar cada vez mais fundo nessa descoberta linda! Te amo Rê!

Thursday, September 14, 2006

Você no lixo e eu em casa

Lá estava você de novo. Atrapalhando tudo, roubando meu momento e levando meu pensamento à você. No meu meio, MEU, eu ficava olhando, como uma idiota, pra ver se por um acaso da vida você, ou até mesmo alguém que me lembrasse você, iria entrar por aquela porta... mas não chegou ninguém, nem você. É claro. E olha lá eu pensando no seu olhar de estranho, seu olhar que eu não conheço e querendo correr dali com você, ou ao menos ficar te olhando atrás daquela lente...ficou essa imagem na minha cabeça, essa imagem linda de um estranho que só consegue me ver através de uma lente ou uma tela. Interessante e nocivo. Nocivo demais pois tirou minha atenção quando eu mais precisava dela, me roubou uma momento maravilhoso e um se jogar que eu fiquei só na beira. E essa imagem me parece tanto linda e sedutora quanto ilusória e consumidora, e é por isso que eu joguei ela no lixo nesta madrugada. Cheguei em casa e levei um tapa da vida, um tapa e um chute no estômago. Doeu pra caramba... Mas me fez trocar os ares do pulmão e respirar um momento novo. Me fez enxergar na escuridão da noite a menininha que fica me assutando, e nem precisei dar uma bronca nela porque a vida se encarregou disto também. Puxou os cabelos da menininha e colocou ela de castigo, e então pude ouvir da vida umas boas verdades. O papo durou até de manhã...e durante o banho a vida saiu de cena e Ele quem assumiu a palavra. Aí é que foi difícil mesmo de ouvir... Tudo aquilo que eu no fundo sabia, mas ia levando, porque afinal de contas, eu sou linda, e todos me amam e perdoam meus repetitivos erros. Só que Ele me mostrou o quão errado eu estava em agir assim, e que isso não podia continuar, porque por mais que eu soubesse, falava pra minha menininha "pode fazer isto agora, está na idade!!" e Ele me disse chega. Ele me disse que a menininha não pode mais me controlar, e que a mulher em mim já está bem grandinha e precisa de mais espaço na minha vida. Se não ela vai perder a vida que tem tanto lutado pra construir. Ele sempre sabe como dizer as coisas. Sabe o que me traz pra realidade e ainda tem o cuidado de mostrar que a minha realidade é tão linda de viver que não tenho motivo pra fugir dela. Porque essa é a verdade, andei fugindo, como sempre, fugindo pra dentro de mim, aceitando e me entregando ao meu egoísmo, mudando meu olhar para um sozinho. E tá louco!! Meu olhar nunca foi este!! E depois de ouvir muito eu falei: disse que não queria mais isso, não queria mais essa interrupção, esse magoar não convidado que bota tudo a perder. Disse que não queria mais essas atitudes repetitivas e que daqui pra frente vai se diferente. Que não vou mais me vender e vou lembrar de ser exemplo, não porque eu preciso mas porque eu quero. E sendo uma só, assim, quase ninguém, é que eu sou o que sou, é que sou diferente e posso fazer a diferença. O ordinário sempre me afligiu, sempre embrulhou meu estômago e me deixou sem dormir, eu odeio o ordinário e ainda assim cheguei tão pertinho de me relacionar com ele...que bosta. É por isso que eu digo que eu adora essas coisas da vida, porque só assim, na porrada, é que consigo entender e não apensa mudar de atitude mas transformar meus meios e fins.
E foi assim, que eu te joguei no lixo e consegui voltar correndo pra casa.

Tuesday, September 12, 2006

Minha missão

E daí eu passei por umas coisas que me fizeram gostar um pouco mais do mundo, um pouco mais de tudo. Li umas coisas que me mostraram que ainda existem perdidos por ai com o mesmo pensamento que eu, e olha só, eles não são hipócritas como todos ao redor. Podem falar de seus defeitos e suas vontades, sem medo de um julgamento social, e também se julgarem, eles não estão nem aí pra isso. Que delícia essa liberdade, essa vontade mais que humana de expresssão, de comunicação, de fazer saber pelo menos pra tela do computador que você está aí, e que sua vida não é a toa não!!! Que linda essa anscia que não te deixa ser sistematico, ser serial, ser igual e mais um!!! E que importantes essas lembranças que te recordam de suas dores e traumas que hoje se tornaram aliadas do seu talento...que linda toda essa história...todo esse sentimento causado entre pessoas que não se conhecem pessoalmente, mas que sentem tão bem suas palavras e seus sonhos. Que boa essa descoberta, esse desenvolver, e esse aprender, que só os anos, e a vontade desesperadora de ser, podem trazer. Que boas essas palavras...que boas essas letras, e o que são daqueles que não sabem fazer isso? Devem ficar tão fechados dentro de sentimentos que querem explodir pra fora em qualquer expressão que seja...daí os males do mundo...
E então descobri pessoas. Pessoas de verdade, boas, queridas, gostosas, e como fica fácil dizer eu te amo!!! E que vontade estúpida de que isso seja comum, de que todos se sintam assim, de que o amor seja mesmo o que nos liga...e por que será que é tão difícil de abrir mão? de entender? de ouvir calado? de compreender? de aprender???????? Por que será tão difícil? O que sei, e digo com o melhor sabor na minha boca, é que a vida é mesmo uma dádiva, e os que vivem, o fazem ao redor de mortos vivos. Quando a vida está a um toque de distância...

Monday, September 11, 2006

Meu chão

Eu que achei que tinham tirado meu chão. Que não havia mais porto seguro pra mim e que eu teria que caminhar sozinha. Sozinha mesmo. Eu que achei que não tinha mais jeito...que agora era comigo, e que só dependia de mim. Quando não podia mais contar com aqueles que me eram tão queridos e tão heróis, quando não podia mais confiar na palavra daqueles que tanto amava, quando não podia mais contar com o colo daqueles que quando criança me acolheram... Foi neste momento em que Ele me levou pra casa. E como foi bom sentar no chão sem os sapatos e ficar ouvindo o que Ele tinha pra me dizer...
Foi bom saber que meu chão não é mais areia. Bom saber que Ele não desistiu de mim e que minha casa estava lá o tempo todo, de portas abertas. Foi bom ouvir a sua voz, tão doce e sincera, tão cheia de lembranças e cheia de vida. Cheia de coisas das quais eu mal me lembrava. Foi bom recuperar o fôlego com todos aqueles corações tão vivos e felizes...simplismente porque estavam ali com Ele. É bom sentir toda essa vida, ter esse referêncial, e poder pisar no sofá de casa sem medo de ser cobrada depois...Ali sempre vai ser meu lugar...

Tuesday, September 05, 2006

Cheese burguer com solidão

Sabe aquelas pessoas que sempre sentam no fundo do resturante, naquela mesa quase atrás da cortina, naquele lugar bem no canto pra que a parede possa escorá-los? Não querem ser vistos e não querem ver ninguém. Não querem nada, só sentar e comer, sentar porque precisam estar presentes, sentar e assitir à aula. Só isso. E onde vão essas pessoas pra ficarem sozinhas? Eu fico pensando pra onde vão esses solitários tão interessantes, com suas caras de "me deixa em paz", e seus sorrisos de "por favor não me faça ser sociável!". Tão instrospectivos e tão cheios de um mistério vazio, com suas expressões de "Eu sou tão normal quanto você não me olhe demais por favor!"! Mas o que me intriga mesmo é este lugar...cheio destas pessoas, que parecem ter um esquema de revesamento para enchê-lo. Este lugarzinho pequeno e moderno, com um ar frio e superficial, nada de interessante, parece mais um cenário desativado, onde o pessoal da limpeza costuma almoçar pra se sentir bem... é pra lá que eles vão. Todos eles. Sem saber e sem se conhecer, eles não tem tempo pra isso, só querem sentar e comer. Mesmo que a comida seja ruim.

Monday, September 04, 2006

Há vida em meio a guerra

Falta cada vez mais vida. Falta cada vez mais verdade, motivo, ideal. Falta tudo. Falta essência. E assim as pessoas vão vivendo. Acreditando no que lhes é oferecido em uma bandeja cada vez mais bonita, com uma porcaria cada vez mais gostosa de engolir. Enquanto a festa rola, com pinguíns e anorexas, lá fora a guerra é cada vez mais sangrenta. Cada vez mais heróis são fuzilados nas matérias dos jornalões poderosos, as bíblias daqueles que não tem nada em que acreditar... E a guerra continua fazendo vítimas, mas e daí se o repórter ganhar sua história, o que importa, se quem vai sofrer suas consequências são crianças inocentes? "Dinheiro no bolso e vamos entrar na festa, que dessa guerra, minha medalha eu já ganhei. Saiu no jornal você não viu?"...
Falta motivo. Falta em que crer. Falta as pessoas jogarem suas máscaras e armas no chão e aprender que guerras sâo ganhas com o que tem no coração... É que coração vazio dá nisto: acreditar nas linhas vomitadas, e nas artimanhas manjadas de quem não tem onde descansar.
Mas aqueles que lutam...Áh...aqueles que lutam...Todos os dias, sem parar, resistindo até o sangue! Aqueles que acreditam. Aqueles que tem um Motivo, que tem uma História, que tem uma Verdade, que tem uma Essência! Ainda há aqueles que tem AQUELE, que muita gente procura sem saber... ainda há... e são estes. Estes que você coloca no paredão para serem mortos, estes que você chuta a porta da casa pra roubar a esperança dos olhos, porque a sua você perdeu a tanto tempo. Estes que mantém o som da guerra com seus gritos de inconformismo, gritos de conquistadores, gritos de vitória certa! São estes que você quer calar a voz, porque a sua você nem se lembra mais do timbre... São estes que se ajoelham e clamam, pela sua vida, pela sua família, pra você saia dessa festa barata e acabada, e venha lutar com eles! Com estes...que o mundo não é digno de ter, com estes que tem transtornado o mundo e chegaram também aqui...Estes, as suas palavrinhas não podem descrever, não podem caracterizar, não podem nada. Porque estes...não são daqui, e você não é capaz de pautar isto. Para estes, se deve admiração, se deve amor, e muito mais amor, mas isto é demais pra você enteder...
E estes estão sempre crescendo... Aqueles que saem da festa, que entram na guerra com toda sua força, aqueles que aprendem com estes...é sobre estes que você devia reportar, é sobre esta troca de AMOR que você devia escrever, sobre esta ALIANÇA, que o mundo não suporta, sobre esta FIDELIDADE que você não conhece, sobre este POVO que você devia pesquisar... e é sobre este RENASCER, que acontece a cada dia nessa guerra, que você devia publicar. Porque ele vai continuar acontecendo, queira você ou não.

THE END

Ela não aguentava mais. Ele não existia fora da tela do computador. Era tentador demais para ser verdade, e bom demais pra durar o suficiente....
A menina sabia que aquela brincadeira boba ia ter que dar em alguma coisa. Ficou triste, como tantas outras vezes, porque o menino entendeu tudo errado... ele achou que ela ainda era uma menininha, e por isso não queria mais brincar com ela. Entendeu tudo errado. A menina, numa tentativa desesperada de fazê-lo entender, fez um presente a ele. Algo que o faria lembrar daquilo tudo, não dela, mas daquela história, e de tudo que ela poderia ter representado na vida dele. E ela fez o melhor que pode. Quando entregou o presente, o menino sorriu e a olhou com um olhar que ela não reconheceu... não reconheceu aqueles olhos, não reconheceu aquele sorriso, não reconheceu aquele momento. Ela sorriu de volta, como quem sorri para um estranho, e foi pra casa. Caminhando sozinha. Pensando que aquele presente, daqui a pouco, estaria perdido. Aquela história, daqui a pouco, estaria esquecida. Ela, daqui a pouco, estaria se mudando dali. E tudo o que restara dos dois, foi aquele último olhar. Vazio e sem fim. Sem significado algum. Como tantas coisas tristes da vida...

Wednesday, August 30, 2006

Você e Eu

O que é que eu faço com você?
Com todas estas tuas idéias e todas as tuas vontades...Você sempre quer mais, sempre quer ir além, sempre quer pra ontem, sempre desafia...e se sente como uma menininha depois...
O que é que faço com todos os teus sonhos? Toda essa tua anscia de viver tudo intensamente...e tenho que ficar correndo atrás de você pegando as coisas que deixa pelo caminho...
O que é que eu faço com todo esse teu amor? As vezes parece que quer abraçar o mundo, resolver o problema de todos e realizar todos os desejos...
E agora me diz... O que é que eu faço com todas essas tuas lágrimas? Se você sabia que isso iria acontecer, e sabia que iria terminar, e que teria de assumir...
Nâo posso fazer nada além do que você escolheu, você sabe...estamos intimamente ligadas você e eu.

Tuesday, August 29, 2006

Mais um capítulo

E daí a menina saiu de novo na rua e viu que o menino tinha esquecido a bola... e ficou pensando o que é que faria. Não devia ir até a casa dele porque ele nunca a convidara...também não queria ligar porque ele já não atendia seus telefonemas, e que diabo ela iria fazer com aquela bola agora? Não ia deixar lá na rua né..! Que saco essa responsabilidade e vontade viu! Então ficou lá sentada, esperando pra ver se o menino voltava pra buscar a bola...e ficou pensando...será que ele viria mesmo? Por que ela estava esperando? Ela já tinha feito tanto...e ele nada...então foi decidida até a porta da casa dele... só que chegando lá...preferiu deixar a bola na porta...e ainda ficou esperando que ele a visse pelo vidro da janela, mas ele não viu. E quando se virou pra ir embora, ficou pensando que legal seria se ele abrisse a porta e fosse atrás dela, mas ele não foi. E seguiu sozinha pelo caminho de volta...com a história nos seus olhos, triste porque o menino não a convidou pra tomar um sorvete.

Monday, August 28, 2006

Minhas meninas

É um saco ter que ser sempre perfeita. É um saco ter que se esconder muitas vezes atrás de toda essa educação e padrão. Eu não acho que isso é ser mulher. Qualquer boneca inflável faz o mesmo papel. Não dá... Não consigo ser assim. E dai quando sou diferente vem toda aquela parafernalha de sociedade me julgando e apontando os dedos de como eu estou errada. Quer saber? Não to nem aí... quem me conhece que me ame. Quem me ama que dê muita risada comigo, e quem tiver afim de sair dessa máquina velha quebrada que me entenda e venha junto nessa viagem deliciosa que é viver. Eu sei que o que é certo é certo, eu sou pós graduada em fazer a coisa certa e com responsabilidade. Tirei meu diploma de planejamento aos 15 anos...não me venham com esse papo. Estou falando de paixão, de ousadia, de coragem, de sonhar e não ter medo de agir. Estou falando de tentar, e de entender as pessoas ao invés de julgar. Estou falando de vida ou invés de sobreviver. Estou falando de mim ou invés de você. E meninas por favor...menos pudores ...tem hora pra tudo vai...!

Carne com pimenta

Eu quero menos de você em mim.
Eu quero menos, porque tem tanto, que eu me perdi. E deixei nós dois de lado porque não aguentava mais não saber quem era quem. Deixei tudo de lado, cansada de você e cansada de mim, e de nós dois então nem se fala! Preciso de tudo de novo, e de tudo diferente. Tudo com o tudo que nós já temos deve sair uma coisa gostosa. Alguma coisa mais interessante e com mais sabor. O problema é que a gente virou meio que arroz com feijão, puro, sem nenhum nada pra dar um toque. E então eu to jogando uma pimenta na carne pra dar esse choque e essa sensação boa na língua...
Então te vejo no jantar mais tarde pra você experimentar.

A história que eu não consigo acabar

A verdade é que fiz isso tudo pra mim. A verdade é queria que isso tivesse sido verdade por alguns momentos. A verdade é que eu preciso disso pra que a vida não se torne chata e igual. Sempre tem que ter uma história, e dessa vez escolhi você. E o que torna essa história boa, não é como ela acaba, nem como ela começou, mas é porque ela é única. Não vai acontecer de novo, e nem com outra pessoa. Foi você, e eu vou deixar esse espacinho só pra essa brincadeira. Mesmo que você nem se importe tanto... Vou deixar esse espacinho praquele seu olhar tão gostoso de curiosidade, praquelas suas frases tão sinceras de medo de fazer alguma coisa, pra todas as suas respostas poucas, que pra mim sempre eram suficientes. A verdade é que isso me fez um bem enorme, e ainda bem que eu não tive medo de fazer...
A verdade é que nada e tudo aconteceu entre nós, e eu não sei porque não consigo me despedir.

Sunday, August 27, 2006

Mande um recado pra você

Não vou mais falar de você. Aproveite cada palavra porque serão as últimas que vai ouvir de mim. E talvez o intuito inicial fosse que você respondesse de alguma forma...não pensei que estivesse tão envolvido, tão preso, tão triste. Mas acho que já me provou, e já me disse o que pensa, mesmo sem me responder nada. Mesmo fazendo esse papel tão pequeno e pouco. Insignificante, como tudo isso. Assim mesmo você me respondeu, deixou claro que não procura nada além do que já está a sua volta. E talvez esperasse uma atitude mais minha, mas daí eu tiraria de você a coisa que mais te traria prazer: a iniciativa de ser o homem que você tanto quer ser e não te deixam. Por isso estou me retirando dessa cena. Porque só sei ser mulher, e não posso fazer seu papel por você. E cansei das tuas justificativas vazias, das tuas tentativas de entender e se manter nos trilhos. Cansei de ver você entrar, fugir de mim e de tudo maravilhoso que seriamos por alguns momentos juntos. Não vou mais falar de você porque já descobri o seu olhar...e não quero mais falar de coisas tristes. Não vou mais falar de você, porque você não quer...numa atitude tão covarde com você mesmo, seu raciocínio escolheu fugir. Enquanto todo o resto de você desejava instintivamente se jogar, os seus padrões e regras foram transformando todo o desejo nesse olhar que você tem agora. E isso já deve ter acontecido tantas outras vezes, não é? Quantas vezes seu raciocínio sufocou suas paixões? e não estou falando só de carne... Você pode tantas coisas se desejar de verdade... mas eu não sou ninguém pra te dizer isso. Pra você eu sou só um monte de letras que se juntam e formam algumas palavras que fazem ou não sentido. E que bom que não tenhamos nos conhecido melhor...talvez eu te fizesse tão bem que você teria que sair desse caminho e, Deus o livre, o que é que você faria com tanta vida? É melhor continuar como está. Assim, não precisa fugir, não precisa encarar os medos, não precisa buscar sua individualiade e quem você realmente é, onde só você depende de você, não precisa ser tão homem e tão vivo assim. É por isso que não vou mais falar de você, porque o que me interessava tanto era tudo que você é e enxeguei no seu olhar, e não tudo que você finge ser... pena que escolheu o persongem...eu gostava tanto do real.
E então é isso... mande um beijo meu, bem gostoso e real, pra você, e diga que a estranha que ele adora teve que ir embora. Ele vai entender o recado.

Thursday, August 24, 2006

Pai

Chega. Agora eu vou fazer valer. Fazer valer cada noite sem dormir, cada telefonema pela manhã, cada esforço que você deu em minha direção. Cada minuto que você não desistiu de mim, cada vez que eu nem olhei pra você, e ainda assim você estava lá. Vou fazer valer cada dia e cada noite que passou comigo, e também cada olhar de incentivo que me manteve de pé.
Chega disso tudo. Chega dessa distração que rouba meu tempo e minha atenção, chega desses sentimentos que não me levam a nada. Chega de tentar a coisa errada. Chega de brincar, agora eu vou fazer pra valer. Tudo que tenho vontade, tudo que me fez capaz, tudo que sempre sonhei e fiquei tão perto de desistir.
Obrigado por me ensinar, obrigado por me deixar cair e quebrar a cara, obrigado por não ser bonzinho, mas justo. Obrigado por ter lutado tanto, e continuar lutando. Obrigado por reservar o que eu mais amo, e cuidar de quem eu não vivo longe...obrigado por não deixar faltar nada na minha vida, nenhum sentimento, nenhuma experiência.. obrigado por não me privar da dor e me fazer aprender tanto. Obrigado por cada lágrima que eu derramei nesse tempo, porque sem elas eu não saberia... Pai, obrigado por não desistir...

Wednesday, August 23, 2006

Idéia de você

Desculpa mas emprestei a tua vida e não quero devolver. Mesmo que a culpa de toda essa interferência não convidada me cobre a cada palavra que escrevo, continuo sem querer devolver. Você é um bom material de pesquisa, e ainda tem muito pra eu pesquisar. Eu não vou além do que você me deixar, por isso faço aos poucos...saboreando cada segundo da sua vida, distinguindo o gosto de cada cena e de cada pedaço de você que me permite. Com bastante calma...devagar...num movimento constante...sussurrando cada palavra na sua mente...
E nem me importo onde você está agora, ou quanto tempo faz que não tenho notícias tuas. Porque o que eu gosto mesmo, é desse meu momento de te descobrir sem nenhuma pista, de te criar do jeito que eu quiser, e dessa liberdade que eu alcanço apenas com a idéia de você. Mas não consigo deixar de pensar o que a matéria faria comigo...

Desperdício

O que fazer então? Depois de tudo que não foi dito. Depois de todas as sensações que foram descartadas. Depois de todos os beijos desperdiçados. Depois de todos os sorrisos esquecidos. Depois de tudo isso.
Tudo que não foi feito. Todos os telefonemas economizados, todas as desculpas esfarrapadas, toda a compreensão cansada. O que fazer então, se não sobrou nada pra ser lembrado? Nada para saborear com um vinho, nenhuma música pra trilhar o momento. Nada. Nenhuma lembrança, nenhum arrependimento, nenhum sentimento.
E o que foi você nesse grande desperdício?
Quando eu fui a autora soberana, você não passou de inspiração, e como toda inspiração, você acaba.

Esse é pra mim.

Eu não sei porque não desisto das pessoas. Todo mundo desiste de mim tão fácil mesmo... Eu não sei porque tenho todo esse sentimento com o ser humano, não sei por que continuo tentando descobrir as pessoas e me relacionar com elas. Não sei por que continuo a pensar que posso mudar o mundo e fazer a vida de alguns mais feliz. Afinal quem sou eu pra isso? E quem é que cuida de mim? Da minha felicidade? Quem é que me usa como inspiração, e tem vontade de me conhecer melhor? Quem? Quem é que tem vontade de saber minha história? É tão mais fácil me taxar de uma patricinha, siliconada, filinha de papai...e acho que por isso faço questão de ser assim, pra confundir as pessoas, e mostrar como julgam pela aparência, e não sabem nada de ninguém. Como são vazias e sem conteúdo, como acham que o mundo gira em torno de seu próprio umbigo, e que sabem de tudo e de todos. Ao menos tempo que amo o ser humano, o odeio profundamente. Tenho raiva de existirem tão poucas pessoas que realmente me conhecem e com quem posso conversar abertamente, sem parecer louca...e eu adoro essas pessoas...elas são tão lindas e tão substânciais...elas têm tanto pra trocar, e eu adoro ficar olhando pra elas com admiração, pensando que é lindo ver o ser humano fazendo algo com sua vida e não apenas sendo levado por ela. Enfim, esse texto não é nada sentimental, não tem nada de inspiração, nada de nada, só um pouquinho de mim.

A luta de todos os dias.

Essa intensidade acaba comigo. Essa tua respiração profunda tira todo meu ar, e esses detalhes, sempre esses detalhes, continuam me dizendo que não sou adequada. Nunca pareço suficiente. Nunca consigo um dia completo e repleto com você. A noite sempre chega com seu olhar de desaprovação e meu olhar de quem esta sempre tentando te fazer feliz. Acho que o que me angustia é a responsabilidade que você me faz assumir. É esse encarar a realidade que você vive tão bem, e de que eu continuo me escondendo, deixando pra amanhã... Acho que o que me incomoda não é sua desaprovação, mas o meu não conseguir tomar a decisão. É esse meu jeito de não querer levar a vida tão a sério, e também acho que é isso que você mais gosta em mim...Acho que todo esse desequilibrio é o que segura a gente tanto tempo, é o que nos equilibra nesse nosso amor que já lutou tanto pra ficar de pé.

Tuesday, August 22, 2006

Não sei se caso ou compro uma bicicleta.

Sinceramente não sei. Não sei que rumo isto tudo tomou. Não sei o que esperar e o que oferecer. Não sei mais o que dizer e minha inspiração definitivamente está acabando. Não queria que isso terminasse, mas também não tem mais pra onde ir...sinceramente não sei.
Não sei mais o que fazer com você, e com tudo que falta de você em mim. Não sei o que fazer com tudo isso. Acho que vou jogar fora, ou então guardar numa caixinha dentro do armário...não sei. Quando olho pra você não sei mais ainda...não sei por que você não conversa comigo e me deixa te ouvir, e não sei por que eu não desisto de você. Na verdade, nem sei porque te quis num primeiro momento...sinceramente não sei. E essa dúvida toda fica sempre me lembrando, e não me deixa esquecer do seu sorriso, e não me deixa esquecer da vontade louca que eu tenho de te beijar...e eu não sei o que faço, ou não devo fazer. Essa dúvida toda sempre me avisa de que eu nunca vou te conhecer por completo, de que você sempre vai ser essa surpresa e esse mistério que eu quero tanto desvendar. Mas daí eu não quero mais, porque eu nunca sei. Você nunca me deixa saber. E então eu fico nessa dúvida porque quando chego em casa tem uma história que me olha com jeito, tem uma história que meu olhar sempre encontra quando quer,e que meu corpo sempre se entrega sem pensar...e toda essa história sempre me faz sorrir, sempre e a qualquer momento. E eu gosto tanto dessa história...e de tudo que ela já me ensinou. Mas agora eu não sei! Não sei se caso com a história ou compro uma bicicleta e te levo pra dar umas voltas comigo...

Sunday, August 20, 2006

Commited

How hard it is to make a real commitement, to compromise, to believe in something, live and die for it. To really care for , as if it´s the only thing truth in your life. That´s what I wanna learn. That´s how I´m gonna live...either that or nothing at all.

Saturday, August 19, 2006

A história nos olhos da menina.

Essa história eu fui criando um pouquinho a cada dia, e acho que ela não vai ter fim...por isso é uma história triste.
A menina não gosta de brincar sozinha...e o menino tá muito ocupado jogando bola.
É triste que ele não entenda que ela vai crescer...que vai deixar de querer chamar a atenção dele.
Se ele tivesse observado por um pouco mais de tempo...se tivesse tido a mínima curiosidade de sentar ao lado dela pra conversar...talvez essa história tivesse um final feliz, talvez ele tivesse experimentado coisas que só pensava existir em filmes, talvez ela pudesse levá-lo ao esconderijo que construiu com lençóis e almofadas, e mostrar como é bom sair da realidade e viver um pouco de ilusões...afinal do lado de fora do esconderijo a vida não precisa mudar.
A menina fica olhando pra ele com uma expectativa só dela, de que se ao menos ele se desarmasse por alguns segundos ela pudesse fazer alguma coisa, ela pudesse tirá-lo desse jogo de bola que está tão manjado, e ensinasse outras brincadeiras...com mais imaginação, onde tudo pode ser construido e destruido logo em seguida...tudo pode acontecer na cabeça dela..e ela só queria que ele viesse junto...mas ele continua jogando bola.
O menino tem um olhar tão triste, de quem já passou por tanta coisa, de quem tem tanto com que se preocupar, e tanto pra cuidar. E ela queria tanto ouví-lo, conversar, dar risada, fazer ele feliz... Mas como eu disse no início: essa não é uma história com um final feliz. Ela é triste, e sem fim, porque o menino não quis conversar com a menina, e porque a menina levantou da guia e foi pra casa. E a história ficou só nos olhos dela e dele...assim, sem fim...

Só termina quando eu quiser.

As vezes minha cabeça prega peças em mim. Me faz pensar e sentir coisas que eu não deveria, que eu nem queria, e que eu não entendo. Quando fico sozinha sinto um enorme desejo de ter tudo que quero de uma só vez, e então me lembro de como odeio ser uma menina mimada. Meus pensamentos são muito próximos do lúdico, do que não existe, ou do que consegue existir apenas dentro de mim. E é tão difícil exteriorizar estas coisas...se ao menos eu pudesse fazer alguém sentir isso, da meneira com que eu sinto... As vezes acho que estou ficando louca, e que minha cabeça não está funcionando direito, mas tudo é tão incrível, intrigante, misterioso e sedutor, que simplesmente não consigo dizer não...deixo minha mente viajar e pensar o que ela quiser. Deixo que ela crie imagens e situações, deixo que use pessoas desconhecidas e cenas de filmes, vou deixando tudo isso formar uma grande sequência que só tem fim quando eu decidir.
Não. Fique tranquilo, não estou sob efeito de nada a não ser dessa delícia que é a vida, e tudo que posso escolher viver...

Friday, August 18, 2006

O Zeca que me desculpe....

Não to afim de deixar a vida me levar, prefiro levá-la comigo e ver no que dá. Cheio de pessoas iguais, todas no mesmo barco, sendo levadas e outras arrastadas por um caminho já percorrido milhares de vezes, e de novo, e de novo. Eu preferi tirar minha roupa toda, e me jogar do barco, sentindo a água na minha pele, e o sol nos meus olhos. Resolvi ir nadando porque o mar é tão incrível, e tão misterioso, o que iria ficar fazendo num barco todo pomposo cheio de desculpas e sorrisos tristes iguais? Sou mais curtir umas ondas com quem sabe surfar, e mergulhar pra descobrir o que é que tem atrás daquele coral. E sabe qual é a melhor? Saber que tem muito gente nesse mar, gente boa, gente gostosa, gente que sabe que o melhor mesmo é ser do que ter...eu adoro essa gente, adoro me envolver com essa gente, e ficar ouvindo e admirando o melhor do ser humano...muito distante da normalidade e do palco da sociedade. No mar todo mundo pode ser. E só isso basta. Por isso o Zeca que me desculpe mas a Pink é que está certa, Dont´wanna be a Stupid girl.

Thursday, August 17, 2006

No Corredor


Eu queria encontrar você no corredor e fazer o que eu quisesse. Porque eu já vim até aqui, porque eu não quero mais bater de porta em porta, e claro, porque todo corredor tem que dar em algum lugar, você não sabe? Eu sei. Sei que não quero mais nenhum milímetro dessa estrutura pouca, desse edifício educado, nem quero dar de cara com essa engenhoca social entre nós. Quero só te encontrar pra demolir umas paredes que tem me prendido, você pode me ajudar? Eu não posso. Isso precisa ser demolido de fora pra dentro.
Luciana Elaiuy

Eu quero saber tudo sobre isto.

Eu quero saber o significa isto.
Eu quero saber que sentimento é este, e quero ficar te olhando sem falar nada, só te olhando e te aprendendo. Procurando no seu olhar alguma coisa que reconheça, que identifique. Como é que isto apareceu e de onde veio...quero saber. Será que significa alguma coisa?Acho que teus olhos vão me responder. Talvez este seja apenas mais um texto, ou talvez não. Eu quero muito mais disto, quero sentir até o fim, quero saber até onde vai e a que veio. Eu quero saber como isto começou e onde foi que começou. Quero procurar em todo você uma resposta pra isto. Sei que não é amor, sei que não é paixão, sei também que não é só tesão...acho que criei este sentimento sozinha, e acho que ele existe apenas em mim. Quero fazer você sentir isto, e te provar como vale a pena. Quero saber o que é isto, que gosto tem, que cheiro tem, quero tocar e saber definir. Quero saber tudo. Porque assim vou ter uma lembrança boa do que foi você em mim, mesmo que não seja nada, vou lembrar do teu olhar, do teu sorriso, do jeito que você arruma seu cabelo e do que você me fez sentir, disto que eu não sei bem definir. O importante é que eu preciso saber tudo pra te estampar na história da minha vida como alguém que causou algo em mim, e não mais uma pessoa com quem cruzei no farol, não quero que você seja isto, espero que não seja isto.

Monday, August 14, 2006

Sabe aquele?

Sabe aquele sorriso que nasce sozinho?De repente de uma lembrança, que veio tão oportuna, e levou seu pensamento a se divertir...muito! Sem motivo, simplesmente porque seu corpo resolveu te atender, e a ordem era "vamos viver tudo!", e essa ordem não dava pra não obedecer... Aquele sorriso meio malicioso, meio de lado, com cara de peralta e com cara de vontade. Aquele pra quem não se consegue dizer não. Aquele sorriso gostoso. Tão gostoso, que o resto todo fica aplaudindo. Aquele sorriso que quer dizer tanto, praquela pessoa que achou entender tudo em uma única noite, e não entendeu nada. Aquele sorriso amigo que diz que a vida é uma brincadeira e que nada deve ser levado tão a sério, a ponto de afastar oportunidades novas e experiências...Sabe aquele sorriso? Este mesmo que diz pra você ficar tranquilo porque afinal de contas amizades nascem das situações mais inusitadas e você tem que aprender a abraçá-las. Porque só assim seu sorriso não vai ficar sozinho, vai ter conpanhia, e daí...vai ser um sorriso feliz.

Thursday, August 10, 2006

PHSV

Eu não vou mais me esquecer de olhar pra trás.
Havia me esquecido, me perdido e me acostumado. Com a normalidade de viver o dia-a-dia, sem entender por que e pra quê. Onde foi parar aquela paixão? Aquele calor que sentia quando te olhava? Aquele desejo de te encontrar e te beijar por você ser meu...? Me esqueci de olhar pra trás. Pra tudo que passamos e vivemos juntos...pra tantas histórias, tantas brigas, tantas risadas...pra nossa vida. Nossa e de mais ninguém. Me esqueci do que existe em seus olhos, de toda aquela garra, ousadia, inconformismo, de todo aquele você, que me intrigava tanto e que eu tinha tanto prazer em descobrir a cada dia... E como é bom lembrar...como é bom sentir isto de novo, é tão certo e tão perfeito. Não falta nada, nenhum beijo, nenhum olhar, nenhuma surpresa, nenhum toque...eu tenho tudo e muito mais. Talvez por isso quis esquecer, talvez aquele mecanismo feminino de dizer não à felicidade plena, tenha me arrebatado e eu quis jogar tudo pro alto. Me esquecendo das vezes que me joguei e você pulou comigo, me esquecendo que não preciso ir sozinha porque você sempre se aventura comigo, você sempre me surpreende e nunca me deixa...você conhece cada pensamento e cada desejo, e responde do jeito que eu gosto e me deixa louca com a sua voz...me leva pra lugares que eu nunca pensei em ir...e isso porque você chegou em um lugar em mim que nunca ninguém chegou...e esse lugar é só seu.
Te amo PHSV.

Wednesday, August 09, 2006

Salve-se quem quiser.

Uma brincadeira de esconde-esconde que virou realiadade, e agora nem se sabe o que é, e o que não. Tudo escuro. Tanto medo que já se acostumou. Se acostumou a viver assim, sempre assim e tudo igual. Ao lado a vida também é essa, então por que se preocupar em mudar? Talvez esse seja o jeito normal. Sistematicamente normal. Ninguém se importa, ninguém se joga, ninguém tem coragem e, ninguém quer assumir. E pra que serve tudo isso dentro, se do lado de fora não existe lugar pra tanto?
Estou cansada. Cansada de tanta mesmisse, de tudo sempre igual e sem gosto. Tudo é previsível e o Mick jagger estava certo: I can´t get no satisfaction. Se satisfazer com o que? O que motiva, e o que impulsiona? Tudo virou uma imagem de tudo. Nada é real, e não dá pra sentir o cheiro pela tela do computador. Onde foram parar as peles? Os rostos? Os olhos? as bocas.....onde estão as bocas???????? Não mais se fala de nada. Se acostumou assim, mais fácil assim, menos perigoso. E vai sobrevivendo fingindo que sabe o gosto bom das coisas, tentando imaginar como seria mergulhar na vida, abrir os olhos em baixo da água, sair da caverna e experimentar o calor do sol na pele...enquanto isso a vida passa, e salve-se quem quiser.

Monday, August 07, 2006

Vai chover muito.

Vai chover. Tanto como nunca foi visto. Vai chover sem parar e vão ter barcos também.
Vai chover a partir deste sábado e a semana toda, muito, e incesantemente.
Eu vou me molhar muito, Não vou ficar nem um segundo debaixo de nada, debaixo da chuva é meu lugar e quero ver alguém me tirar! Eu vou gritar muito e a chuva vai ficar mais forte ainda, e cada vez que parecer que vai se acalmar, a chuva vai voltar com tudo. Não tem jeito, não dá pra controlar a chuva, ela vem e é isso...ou você corre ou aproveita. E eu vou aproveitar. Cada segundo, cada momento, cada gota que molhar o meu rosto... Eu quero ver chover mais.
E bom vai ser olhar para os lados e ver tantos amores enxarcados, tantos sorrisos e tantos de vocês, todos muito, muito molhados!!
Guardem os guarda-chuvas!

Sunday, August 06, 2006

Desculpa 2

Desculpa ter perdido o controle, e ter te metido nessa brincadeira que já perdeu a graça. Desculpa não ter enxergado seus sinais, e ter invadido seu mundo sem um plano de fuga. Desculpa me despir do mistério e daquela coisa gostosa, mas, depois do espetáculo, o sobra é apenas uma cama vazia. Me desculpa assim mesmo, sem entender nada, sem sair do seu mundo, sem se jogar nessa aventura, e só olhando com essa tua curiosidade linda. Desculpa mas eu ainda quero você, sentir o que você sente, nesse estado que não sabe definir. Quero ver você se jogar e gostar, quero aprender seu toque e sua pele. Desculpa mas a gente vai se envolver, e ainda assim, eu não vou ser sua. Vou te deixar louco e mudar seu mundo, e vou sair dele quando quiser. Desculpa mas essa aventura é só minha, e você é apenas parte dela, mesmo sem você querer, e sem porque. Desculpa mas vou me perder no seu olhar de prazer, e saber que ele é só meu, e saber que você não é meu. E na volta disso tudo, a gente se despede esperando muito mais. Muito mais de você, muito mais de mim, muito mais de nós, muito mais desse sentimento estranho e muito mais lençóis.
Desculpa mas a brincadeira acabou, e o que sobrou foi só essa vontade louca e sem sentido, sozinha, esperando a oportunidade de te encontrar no corredor.

Friday, August 04, 2006

Essa saia que eu odeio.

Eu odeio esse meu jeito de menina.
Essas atitudes sem pensar, e esse instinto que me leva a fazer tudo que eu quero.
Eu odeio esse meu jeito de mulher.
Todas essas responsabilidades e decisões, que insistem, e cobram, uma atitude correta e bem pensada.
Odeio que a minha vontade seja jogar tudo pro alto, como uma menina mimada que sou, e me jogar na minha vida, onde só eu sofro as consequências e onde todas as atitudes dependem de mim...Odeio não saber o que passa na sua cabeça, e se você pensa em mim durante o dia, ou a noite...odeio você não me dizer o que sente, e que você tenha medo quando eu já decidi que a nossa história tem um final feliz.
Odeio essa indecisão e essa educação.
Como mulher estou querendo mudar. Como menina eu to afim de ser feliz.
Cansei de brincar de boneca, e cansei de pagar as minhas contas. Eu quero me desenvolver e me envolver. Eu não tô nem ai com essa história de consequências, se eles existem é pra serem vividas, e se eu existo é pra viver bem.
Odeio essas mulheres tristes e melancólicas, todas frustradas por não viverem seus sonhos. Odeio essas meninas idiotas que vivem pela roupa que vestem e são todas iguais. Odeio que você olhe pra elas com pena, e com tesão.
Odeio não falar com você e que você exija tanto de mim. Me quer mulher e me quer menina. E sente tanto prazer em ver como sou boa nisso e como essa saia fica bem em mim.

O ônibus da Lú

A Lú é daquelas que adora batata. Batata com risada.
E como é bom conversar com gente curada. A Lú é curada e vacinada.
A Lú é daquelas que vendeu o sapatinho de crystal pra comprar ingressos pro show do Chico.
E só Deus sabe o que ela faz no ônibus escutando seu iPod....

Thursday, August 03, 2006

Todos os dias

Hoje não tem nada impedindo, nada no caminho, nada pra preocupar.
Hoje eu posso me jogar. Sem medo e sem preconceito, eu vou pular mais alto.
Hoje eu vou gritar. Comemorar e dar muita risada, comer e beber o que quiser.
Hoje eu vou sair e curtir. Cada momento, segundo e registrar tudo na mente pra rir sozinha depois.
E amanhã tem mais.

Wednesday, August 02, 2006

Não quero falar a respeito deste.

Não quero falar a respeito deste. Este que parece sempre tão perfeito, até em seus defeitos.
Este que quando briga comigo, me faz sentir bem por cuidar de mim.Este que me deixa louca, e me deixa tonta. Este que o amor não é suficiente para descrever. Este que grita, e enche o meu saco. Este que eu escolhi, e continuo escolhendo todos os dias, com tanto prazer. Este que quando penso em deixar, sinto que deixo a mim mesma. Este que pergunta se tem lugar pra mais um...quando o lugar é sempre dele. Este que eu adoro mimar, e que cai tão fácil na rotina. Este que me irrita profundamente, e constantemente. Este com tantas manias e perfeccionismo. Este que tantas vezes não aproveita, de tão responsàvel que é. Este que nunca me dá presentes em datas comemorativas, e sempre me dá presentes fora de hora porque pensou em mim durante o dia. Este que é um chato, e tem uma opinião formada sobre tudo. Este que fica trabalhando de madrugada porque tem que ganhar dinheiro. Este que me tem...mesmo quando não sou dele. Não quero falar a respeito deste porque este me consome, me faz ficar perdida e me faz encontrar comigo, quando eu não tenho certeza da imagem que vejo no espelho. Não quero falar dele, porque significa falar de mim. E não quero falar de mim. Nem dele.

Desculpa.

Desculpa ter invadido sua vida. Entrado desta forma tão abrupta e intrusa, querendo tudo de você, tudo que você tem, tudo que não tem, e principamente querendo tudo que você deseja.
Desculpa querer realizar todos os seus sonhos tão de surpresa, sem ter, nem pra quê...simplesmete porque eu quero você. Desse jeito estranho, misterioso e sem motivo aparente. Eu apenas quero.
Desculpa roubar sua imagem e colocá-la em situações tão diversas, tão diferentes, tão intensas, tão gostosas.
Desculpa te emprestar pro meu mundo poder se aventurar, sem ao menos saber se seu mundo está precisando de você por aí. Mas preciso de você aqui, mesmo sem saber quem você é, mesmo você sendo um estranho. Esse estranho que não me deixa dormir. Eu quero roubar muito mais da sua vida. Desculpa mas eu quero, e não vou pedir. Vou levar você nessa comigo, sem nem saber bem seu endereço, suas roupas, seu gosto, seu cheiro, eu quero tudo e não sei de nada.
Não quero pedir. Quero invadir, quero fazer tudo que tiver vontade e depois te devolver. Me devolver para o meu mundo e ficar bem longe do seu, e do que eu inventei. Quero tudo isso. mas depois não quero mais nada. Não quero as consequências que vêm requerendo meu coração. Não quero as lágrimas que vêm expondo a minha culpa. Não quero o aperto dizendo que não posso te devolver. Não quero nada disso. Quero que o meu mundo novo se exploda, com você junto.
Desculpa mas eu vou ter que roubar. Vou ter que roubar seus olhares e conhecer cada um deles. Vou roubar seus sorrisos e ser dona de todos eles. Vou sentir seus toques e responder do jeito que você gosta. Vou tomar todos os seus gostos e pensamentos. Vou fazer você ser meu e não mais de você...Desculpa ter invadido sua vida. Desculpa mas você vai gostar. De cada palavra e de cada sussuro. Vai gostar de cada movimento e de cada minuto. Mesmo sem me conhecer. Sem saber das minhas roupas e das minhas contas, sem enteder meu jeito e meus motivos, mesmo eu sendo essa estranha. Tão estranha que te intriga, te desafia, te instiga e te faz sair do seu mundo...para vir para esse meu novo, esse que criei para você e pra mim, esse que vai explodir no segundo depois da porta se fechar atrás de nós.

Eu vou com você.

Eu vou com você.
Não pra te encher ou ser mais uma na sua vida, mas vou com você pra fugir também.
Fugir de você. Fugir de mim. Fugir de nós e fugir deles...
Eu tentei ficar mascando meu silêncio mas não consegui...ele já veio sem gosto. Já veio mascado por outros tantos que fizeram o silêncio pra mim.
Não era meu, que nojo mascar coisas dos outros.
Por isso quero fugir com você.
Pode ser por um dia, dois e pra sempre. O que sei é que vou com você. Já está decidido.
Não precisa você me levar porque eu sei o caminho.
Nos encontramos lá. E então vamos dar umas boas risadas...
(Pra minha irmã...I Love Lucy!)

Tuesday, August 01, 2006

Manual da Esperança

Talvez se eu não esperasse ninguém , alguém aparecesse.
Quem sabe se tivesse menos expectativa, ouvisse alguma coisa...
E então com a alma mais leve, pudesse levantar e não esperar mais nada.
Sem qualquer ansciedade, sem qualquer esperança.
Apenas vivendo tudo que se sonha. Tudo que se deseja.
Sem restrição. Sem contra-indicação.
Apenas viver tudo com muita intesidade e muita vontade.
A vontade nunca quer esperar.
Quer agora, ontem e amanhã também. Quer sempre...
A espera cansa. Cansa demais.
E o tédio fica dando risada das coitadas vontades esquecidas...
Esperar o que afinal?
ATENÇÃO: O MAL USO DA ESPERA PODE SER LETAL À ATITUDE.

Saturday, July 29, 2006

A Vida é uma Criação, uma História, e um Desejo.


A criação aguarda em ardente expectativa a revelação...
A história provoca. Chama. Grita.
O corpo parece responder de prontidão e fazer com que a cebeça esqueça de raciocinar. O único impulso é se jogar.
Caminhos e opções.
Seu mundo parece esperar por decisões, esperar anscioso para saber qual é a próxima linha de sua história, a próxima página de sua vida.
E escrever é um prazer.
Como se cada letra fosse mudando o universo, cada vírgula trazendo uma nova expectativa e uma continuação surpreendente.
Escrevendo a história de sua vida. Você.
Até onde sua mente consegue viajar, e por mais que o corpo tenha reações adversas, a mente se mostra verdadeira líder e faz com que tudo responda conforme suas criações.
Uma semente de desejo, de algo que incomoda, que precisa ser atendido.
A criação é algo que se deseja. E o desejo é tão forte que cria...inventa, realiza, se transforma e se materializa de uma forma magnífica.
Desejo de amar. Desejo de crescer. Desejo de aprender. Desejo puro...
Desejar nos faz criar histórias supreendentes e misteriosas...
Desejar é criar, e viver.

Friday, July 28, 2006

Pra onde iremos nós...


De longe Ele olhava...
Cada movimento, cada atitude...decisões.
Quieto. Com os olho fixos e atentos. Pronto para qualquer instante...
Lágrimas corriam seu rosto, mas ainda não era tempo de agir.
Lágrimas refletiam o desejo de que a iniciativa não fosse dEle...

E do outro lado ela ia vivendo.
Sozinha.
As vezes em muito boa companhia, mas na verdade sozinha.
Lutando. Brigando. Se machucando como nunca...
Não queria ajuda, era sua vez de tentar, de provar sua força.
As vezes olhava para Ele...com saudades, mas nunca tempo o bastante.
Lembrava dos momentos de alegria, de satisfação e prazer.
E se lembrava da dor, de tudo que se colcou entre eles e de tudo que sofreu.
Então virava seu rosto e continuava a lutar.
Sozinha.
Não que tivesse mágoas dEle. Apenas sabia que com Ele não tinha regras...
Não tinha armaduras, era simplesmente ela mesma. E isso a assustava.
Por isso havia decidido viver distante. Para se encontrar. Para ver o quanto podia sem Ele.

E trilhou seu caminho.
Até que seus olhos não a obedeceram mais...
E se voltaram a Ele. Como se não existesse outro lugar.
Lágrimas a fizeram entender...
Que depois de tanto tempo...ela não tinha outro lugar para ir.
Só Ele tinha o que tanto procurava.
Ele deixou que ela fosse para experimentar...
Para que soubesse.
E com um sorriso a recebeu.
De braços abertos.

Com a mesma palavra de vida Eterna.