Saturday, December 30, 2006

O lugar dela

Ela sabia das coisas. Tudo era tão simples e prático. Até pra fazer as coisas "erradas" ela tinha bons motivos e fazia com uma graça que só ela podia. O mundo nunca iria entendê-la... Não era mesmo digno de tê-la. E mesmo quando sozinha, ela tinha as estrelas mais bonitas em seus olhos. Como a mulher que era, conseguia se aproveitar e se deixar dançar com leveza nas tantas músicas pesadas da vida. Não, não tinha quem não a admirasse, e isso porque até aqueles que a feriam, tentavam cortar suas flores lindas, até estes a olhavam com olhos pequenos, pois tudo ficava pequeno diante dela. Tinha seus momentos de raiva, de revolta e de tantas, tantas dores, que tudo que pudesse sair de dentro dela numa explosão seria pouco para sua expressão. Era assim que se sentia. Tudo era pouco, nada, tédio, sem graça, sem cor e sem sabor. Mas ela tinham que cuidar de alguns que agora eram seus. E mesmo que quisesse jogar tudo pro alto, dar um grito de alegria e viver o que tinha vontade, mesmo que se arrependesse depois, ela tinha que pensar direito. Tinha que pensar nos rostos amados, nos tempos de dedicação e encontrar um meio dentro de seu próprio cenário. A vida era mesmo um filme, e ninguém mais podia ser a estrela, ninguém cabia como ela, encantando com suas falas e movimentos. Ela estava tão cansada dessa vidinha... Ela pensava em estrelar um filme pornô. Não era isso que todos procuravam no final das contas? Depois de cenas lindas de amor, emocionantes de paixão e aventuras, eles sempre esperavam as carnes na tela. Será que assim ela seria mais feliz? Não... Não acreditava nisso. Desistiu da idéia mesmo sem amadurecê-la, pensar era o jeito de se rebelar. Ela sabia ser feliz, como poucos, mas as coisas do caminho a cansavam e ela era um pouco preguiçosa mesmo...Mas, lá estava. Decidida de que de agora em diante iria ser mais disciplinada. Faria mais do que sabia, sem desistir no meio do caminho. Este era o melhor momento pra colocar em prática suas imaginações e fazer o oscar ficar pouco para o seu filme. Ela tinha tudo e estava pronta. Tinha algo de diferente em seus olhos. Desta vez tinha propósitos, pé no chão e olhos altos. Preparada, mais bonita do que ontem e sabia que o amanhã teria uma cor nova. Suas palavras tomavam forma, a forma que tinham que ter desde o início, e as lágrimas de conforto, de colo de mãe, diziam que ela estava no lugar certo. Tinha algo de completo. Mas o que fazia mesmo diferença é que não tinha medo. Será que estava amadurecendo? Talvez isso, ou talvez ela simplesmente resolveu tomar seu lugar e todos tiveram que abrir espaço, porque o lugar era mesmo dela.

Wednesday, December 27, 2006

Sim ou Não?

Respondi que não. Desta vez não ia chorar, não ia ser a menina simpática, não ia fazer a minha parte. O que é que você pensava? Vesti minha roupa, aquelas que eu fico linda, sexy e perfeita pra você. Eu quis sair sozinha, mas você veio comigo, não consegui te convencer a sair da minha cabeça. Isso estava ficando sério demais, quando eu pensava que seria o meu momento, um pouco de distância sempre faz bem, você estava lá, sempre. E tomava meu fôlego com a vontade de te beijar, de sentir sua pele, de olhar nos seus olhos sempre ocupados demais com alguma outra coisa... já era tarde, eu te amava perdidamente. Mas mesmo assim, eu mantinha a postura. Respondi que não, que era forte sim e que se precisasse ficar longe de você, não seria um problema tão grande assim. Eu não queria mais chorar, eu não queria mais ser a boa menina, não queria fazer nada pra resolver. Eu só queria me afogar em você, queria me perder, me jogar, me entregar sem qualquer pudor e preocupação. Eu queria isso de você, mas sempre tinha alguma outra coisa chamando sua atenção. Então eu sai de casa procurando essa aventura em qualquer lugar, em qualquer olhar, em qualquer esquina. Eu procurava e procurava, só encontrava você, impregnado em mim. Até em outros corpos te procurei... O que é que eu estava pensando? Você era como eu, não era daqui. Nem adiantava porque eu não ia encontrar mais nada na rua. Voltei um pouco frustrada e feliz, por saber que você era único pra mim. Você estava me esperando, com o olhar em outro lugar pra variar. Por uns segundos, te vendo tão longe, quis voltar pra rua, mesmo sabendo que não podia. Mas daí você olhou pra mim... Com aqueles olhos, com aquela vida tão linda, que eu tinha tanta sede todos os dias. E eu chorei. Chorei porque você era tudo que eu queria, e eu era afinal a boa moça, e eu era sua por isso mesmo. Você riu de mim, porque achava bonitinho quando eu chorava daquele jeito. Me pegou em seus braços e eu parei de pensar com os seus beijos que me cobriam. Tinha tanto amor no quarto que eu não conseguia respirar e aquilo me fazia tão bem... Era você. E eu só conseguia dizer sim pra você...

Sunday, December 24, 2006

Meninas 2007

E aí meninas? Como estamos? Ainda cheias de questões, dúvidas, dores e amores. Mas é assim que somos mesmo, meninas. E somos bonitas assim. Sabe? Cheias de complicações, medos e soluções. Este ano eu fui muito menina, e aprendi a ser muito mulher. Observei algumas outras como eu, os conselhos sempre se identificam. As conversas são sempre boas, os vinhos sempre engraçados, as histórias sempre tristes, e as lágrimas sempre encontram um olhar para amar. É uma delícia ser deste sexo. Ser desta cor de rosa. Ser menininha e um mulherão. Deixar as coisas soltas, jogadas, desajeitadas, tudo exatamente como a gente gosta. Organizar tudo do mesmo jeito, com planos e mais planos, estratégias e direções, do jeito nosso de ser. Complicadinhas só porque a gente acha legal assim. Chatinhas só porque eles nos amam assim. Resolvidas porque somos lindas assim. Choronas, engraçadas, sedutoras... só porque o conto de fadas é nosso e a gente faz dele o que quer. O armário é nosso e a gente veste o que sentir, ou se esconde lá dentro se quiser. Aliás, ás vezes eu acho que o mundo é nosso e a gente pode tudo. Aproveitem as saias e vestidos, com sandálias ou all-star, vale tudo quando você faz parte dessa turma.
Neste 2007, o único na história, seja única na sua história. No seu jeito, no seu amor, na sua cama. Seja a única em você. No seu sorriso, em suas palavras, experiências. Seja única no meio de todas as suas meninas e meninos. As histórias são sempre parecidas, se repetem, mas os personagens são sempre outros e a narradora sempre soberana. Narre sua vida como quiser. Viva a leveza de criar sua liberdade, de sonhar suas vontades e vomitar suas frustrações. Deixe seu gosto por aí e suma quando sentir. Se arrependa e dê muita risada quando não se arrepender nem um pouco! Sorria, com vontade, e chore suas tristezas. Compartilhe-se com o amor da sua vida e faça loucuras com a história de vocês.
Neste ano você é sua. Se aproveite.

Thursday, December 21, 2006

A vida e ele.

Ele saiu na rua descalço. Procurava sentir a areia nos pés, mas a praia estava há alguns quilometros de distância. Ele não queria ter rumo, só queria sentir o chão sem saber onde iria dar. Vestia uma calça jeans um número maior que o seu e uma camiseta branca, ele sempre estava lindo. Aquele dia tirou tudo da mente, esvaziou o coração, limpou a alma, e saiu. Seus olhos queriam ver coisas diferentes, mas o olhar não se fixava em nada, talvez apenas nele mesmo. Ele podia ouvir uma música boa enquanto caminhava, a música era só dele e tinha tudo que ele precisava naquele momento. A noite estava quente, com um vento frio que passava de vez enquando. Ele continuou caminhando sem saber, sem porque, sem nada, só com ele. A vida já tinha lhe dito tanto, e ele ainda corria para alcançar as coisas que perdeu. Aquela noite estava sozinho e se sentia bem em sua solidão. Muitas pessoas passaram por ele, algumas marcaram sua história, outras não fizeram por merecer, mas cada uma tinha em si algo especial que lhe dizia que eram importantes em suas diferenças. Aquela caminhada não faiza sentido, não tinha propósito, o que é que ele estava fazendo? Parou por um segundo e as pernas não lhe obedeceram, voltaram a caminhar e ele entendeu que não podia parar. Os pés estavam felizes em sentir a vida na pele. Seu corpo agradecia aqueles momentos de solidão, sem nada pra pensar, ouvindo o que quisesse imaginar e sentindo no rosto aquele vento que trazia boas novas ao calor da noite. Ele fechou os olhos e sorriu. Pôde sentir o que estava acontecendo com ele, pode entender que não era loucura, ou talvez até fosse, mas aproveitou cada minuto dela. Não pensava em voltar, o caminho tinha lhe reservado surpresas e sem premeditar ou fugir, ele aceitou o que estava por vir. Não conseguiu cumprir ao mandamento de que homem não chora. Porque aquelas lágrimas estavam a muito pedindo para sair e ver o mundo, então ele as deixou, e ficou feliz em senti-las em seu rosto. Fazia tanto tempo. A noite lhe fazia convites, e ele aceitava cordialmente, assistindo aos espetáculos das estrelas que pareciam ter sido preparados especialmente para ele, e talvez tinha sido mesmo. Ele podia mais do que imaginava. Mas por tanto tempo ficou dentro daquela casa vazia. Parou por alguns minutos para apreciar o céu. Seu sangue esfriou e sentiu uma dor nos pés que lhe fizeram franzir a testa. Mas junto com a dor ele esboçou um sorriso, porque aquele sangue ele queria há muito ter visto. Era o sangue da vida. E agora ele podia viver.

Tuesday, December 19, 2006

Bonecas

Bonecas de retalhos, bonecas de pano, bonecas de madeira, bonecas de plástico, bonecas que falam, dançam e tiram suas roupas sozinhas. Todas elas. Todas iguais, com o mesmo sabor, comportamento, idade, vaidade, futilidade. Nesta noite todas as suas bonecas não valem nada, você está sozinho e pensa onde pode conseguir mais uma. Toma um banho, veste aquele seu jeans lindo, uma camiseta básica que faz o seu estilo e arruma o cabelo pra ficar irresistível. E pra completar, o perfume que elas nunca mais esquecem. Sai de casa com o seu ar de quem pode tudo, e você pode mesmo. Vê algumas bonecas nas vitrines dos bares, é claro que você não mexe com elas, você sabe melhor que isso. Hoje a noite você quer alguma coisa diferente, as bonequinhas de bares não vão te satisfazer. Um, dois, três amigos ligam, você sempre atende com sua simpatia que eu adoro... Mas hoje não tem futebol, não tem jantar e nem baladinha, não tem nada. Hoje você precisa de uma boneca nova e não volta pra casa sem ela. Você sonhou com ela na noite passada, não conseguiu ver direito seu rosto, apenas os traços de seu corpo. Ela era linda, isso você se lembra, e tinha algo de diferente nela. Você não a encontraria em qualquer lugar... a noite ia ser longa. Ruas e mais ruas, todos os lugares que você está cansado de ir, até tentou uns bairros alternativos pra ver se encontrava alguma coisa, mas nada. As horas foram passando e até nas lojas de conveniência você tentou. Parou o carro no meio da rua. Será que estava ficando louco? Você tinha todas as bonecas, até repetidas e qualquer uma que quisesse, que modelo era aquele com que tinha sonhado? Você estava por desistir... e pensou em algo. Continuou rodando, como se tivesse ouvindo uma vozinha bem baixinho... te guiando pra onde deveria ir... você já estava se apaixonando por aquela voz doce quando ela sumiu. Sentiu uma solidão que doía, e seus olhos se voltaram para uma livraria, aberta na madrugada. Triste e com saudades da voz que te guiava, resolveu entrar naquele lugar que você nunca entraria na sua vida de baladas e bares. Os livros pareciam te acolher de uma forma um pouco assustadora, mas o lugar era moderno, com um cara tocando um violão bom... você se sentou e pediu um café. Se os seus amigos te vissem agora...! Seus olhos encontraram um livro da barbie, e você conseguiu dar o primeiro sorriso da noite, lembrando com quantas bonecas já tinha se divertido nas camas do mesmo motel. Você era um cliente fiel, ou era mais fácil assim. Olhou pra xícara de café, você nem gostava de café! Ficou com raiva daquela boneca sem mesmo conhecê-la. Foi quando sentiu um toque no ombro e se virou. Era ela, já conhecida e tão misteriosa naquele momento. Era a sua voz que ouvia pouco antes. Se lembrou de telefonemas, risadas, papos proibidos, era ela. Linda. Com uma saia e uma blusinha branca, não podia estar mais simples, não podia estar mais linda. Você não conseguiu deixar de pensar no mesmo minuto em levá-la pro mesmo motel, e foi o que fez. Ela era mais quieta do que você imaginava, tinha os olhos baixos, mas quando falava e te olhava, fazia valer a pena. Ela tirou suas roupas, ela te provocava com palavras, ela te desafiava de um jeito que te excitava, ela era uma boneca linda, um pouco como as outras e totalmente diferente das outras. Você ficou com ela quase a noite toda, e como sempre, foi embora sem saber se ia querer vê-la de novo. Mas você quis, talvez pra se distrair, talvez para fazer o que não fez na primeira noite, talvez para vê-la por uma última vez. Ela foi. Estava mais quieta ainda, com o olhar mais baixo ainda, eu acho que ela não queria estar ali. Mas você fazia valer a pena. Tirou a roupa dela, a provocou com beijos por todo seu corpo, ela gostava de estar com você. Mas você ficou com medo, de alguma coisa, de qualquer coisa, apavorado com qualquer possibilidade e seguiu os procedimentos. Acabou com aquilo, ali mesmo, sem mais nem menos, do seu jeito, que ela concordou.
Ela era só uma boneca e você não podia se apaixonar por ela.
E você é só um menino medroso que ainda brinca de bonecas...

Saturday, December 16, 2006

Em lugar nenhum

Te procurei nos rostos estranhos de pessoas que passavam pela rua.
Te procurei nas roupas de desconhecidos, em qualquer moletom, camiseta ou estampa.
Te procurei em álbuns de fotografia, fotos de outdoor e até em pontos de ônibus.
Te procurei nos perfumes alheios, nas flores e pescoços que chegavam até mim.
Te procurei nas esquinas, nas ruas, ruelas, passarelas e no céu.
Te procurei na caixinha de lembranças, no fundo do armário e quando fechava os olhos.
Te procurei em risadas sem graças, em sorrisos sinceros e em bocas gostosas.
Te procurei em olhares qualquer, em olhos misteriosos e visões da minha cabeça.
Te procurei em lágrimas perdidas, em fôlegos tomados e gritos de desespero.
Te procurei nas areias, nas águas e em todo lugar onde você não poderia estar.
Te procurei rindo ou chorando, bonito ou desajeitado, vivo ou morto.
Te procurei com um amor inexplicável, com uma paixão fogo de palha e te procurei por procurar.
Você não estava lá, nem aqui e nem onde devia estar.
Te procurei até dentro de mim, no coração, no lugarzinho de românce cego e puro.
Não tinha você lá. Tinha só esse texto.

Wednesday, December 13, 2006

Louca

Passei o dia tentando me convencer de que estava louca. Gritando, puxando os cabelos, pulando na cama, falando sozinha, tentei de tudo. Mas nada me convenceu de que eu não estava apenas me libertando de algumas algemas. Até escrevi um textinho mal educado, discuti por email com uma desconhecida carioca, discuti pelo messenger com um coitado que não tinha nada a ver com nada, enfim, nada funcionou. Eu continuava raciocinando muito bem obrigado e isso tudo só fazia parte de uma história que eu estava querendo viver. Então me olhei no espelho e disse pra mim "Você é uma menininha mesmo não é, e você gosta disso fala a verdade?" Eu não respondi, é claro, fiquei com vergonha da resposta. Mas a verdade é que tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que eu gostaria de estar um pouco louca, de falar palavrão sem achar horrível, de agir sem pensar e discutir a toa, mas não adianta, eu não sou dessas, e nem quero ser eu acho. Eu prefiro continuar acreditando a me tornar cética e pessimista. Eu prefiro conhecer as pessoas melhor do que ficar tentando provar que sou bem resolvida e entendo da vida. Eu prefiro ainda ficar quieta e ouvir, observar, a ser quem vai dar a última palavra. Eu prefiro ser meiga, porque carinho quebra as pernas de qualquer um. E não consigo ser uma vaca porque não sou, e porque hoje elas são tão comuns e eu odeio o ordinário. A verdade é que quando eu sinto alguma coisa e não posso dizer pra ninguém isso me sufoca a ponto de eu querer morrer, porque não existe nada melhor do que compartilhar a vida com quem se ama. Mas ás vezes não dá pra falar, não é assunto pra conversa de bar, não diz respeito a mais ninguém e eu tenho que resolver sozinha, e isso me faz querer ficar louca por um dia. Então me vem aquela calma que eu tenho mesmo, e eu curto ficar comigo sozinha mesmo, coloco a música pra repetir e ouço 387 vezes seguidas e continuo a achar uma delícia. E daí é isso...o dia está tão bonito hoje...

Wednesday, December 06, 2006

Criando meu mundo como acho feliz.

Olha eu de novo. Conquistando sonhos e quebrando corações. Andando sorrindo na chuva como se o mundo fosse tão bonito de sentir. Voando tão alto que não vejo problema em fechar os olhos e abrir os braços para o vento. Descobrindo as pedras tão estranhas no meio da terra, tão estranhas e tão lindas. Olha eu de novo. Viajando nas minhas histórias, criando meu mundo como acho feliz. Correndo no sol com protetor solar, e só. Vibrando com as possibilidades do deixar rolar e do pensar duas vezes. Olhando pra vida com aquela minha carinha irresistível de “eu quero muito mais de você... você pode me dar?”. Deixando meu gosto nas bocas que amo, sem medo de dizer o que sinto porque o que sinto é tão bom, pra mim e pra você. Dividindo a minha vida mais do que eu posso... E então eu gostaria de ser mais de uma pra não ter que fazer a coisa certa. Olha eu de novo. Pela primeira vez de verdade, curtindo o novo como só eu sei fazer, porque você sabe... só eu sei fazer do meu jeito. Desejando a vida com cada célula minha, não sabendo mais como expressar esse desejo, essa alegria, essa coisa gostosa que se chama viver. E eu gostaria de ajuda pra fazer isso, mas de novo, a história é só minha e eu não posso roubar mais ninguém pra mim. Olha eu de novo, de novo. Como se pudesse fazer qualquer coisa, e talvez eu possa mesmo, quem sabe cada palavra a seguir sou eu! Olha o balão enchendo de novo Rê! E eu não sei como agradecer, não sei como me expressar melhor, não sei como esperar o momento certo, porque parece que todos os dias são dias pra ser e fazer feliz! Será que estou errada? Pedindo demais? Não... Acho que isso tudo é apenas eu, feliz.

Sunday, December 03, 2006

Piada das intenções

Não posso dizer que sei de tudo, mas gosto de experimentar. Você pode achar essa frase oferecida, mas não estou ligando para o que ela significa pra você, e sim pra mim. Pra mim significa exatamente o que diz: "Meu único defeito é não ter medo de fazer tudo que gosto". Sábio aquele que disse que depois da tempestade vem o sol. E se não fosse assim, cheio de altos e baixos, cheio de lutas e conquistas, o que é que seria? O monstro do ordinário. Não posso dizer que nunca o temi, aliás acho que meu maior medo na vida sempre foi viver com esse monstrinho sem graça, viver uma vidinha comum, assim igual a de todo mundo. Muito mais que temer a morte, afinal morrer não deve ser tão ruim assim, o ruim é sentir a dor e saber que logo ela acaba pra sempre. Se não fosse a bendita da dor, como é que saberiamos que estamos vivos? A dor está sempre lá, o que muda é a intensidade, assim como o prazer... E a dor te perder tem sido pouca, assim como a gente, que fomos pouco um com o outro. Tinha tanto mais, mas melhor assim, não é? De que adianta te perguntar, você nem sabe de verdade. Tudo bem, eu também não sei , mas como esse texto é pra ser largado, eu tive que largar mão de pensar em você, e é claro que não deu certo! Mas eu continuo tentando e escrevendo, pra ver se me vem mais idéias na cabeça e menos lembranças do seu gosto. O bom dos finais precipitados é isso, as coisas sempre ficam fresquinhas e gostosas na memória, não tem nada de que sofrer, só de fechar os olhos e imaginar acontecendo tudo de novo, porque a verdade é que a gente nunca aprende certas coisas! E é isso, ficamos assim então, nem você me liga, nem eu te ligo. A gente acabou. Até a próxima piadinha sem graça e com muitas intenções.