Saturday, July 29, 2006

A Vida é uma Criação, uma História, e um Desejo.


A criação aguarda em ardente expectativa a revelação...
A história provoca. Chama. Grita.
O corpo parece responder de prontidão e fazer com que a cebeça esqueça de raciocinar. O único impulso é se jogar.
Caminhos e opções.
Seu mundo parece esperar por decisões, esperar anscioso para saber qual é a próxima linha de sua história, a próxima página de sua vida.
E escrever é um prazer.
Como se cada letra fosse mudando o universo, cada vírgula trazendo uma nova expectativa e uma continuação surpreendente.
Escrevendo a história de sua vida. Você.
Até onde sua mente consegue viajar, e por mais que o corpo tenha reações adversas, a mente se mostra verdadeira líder e faz com que tudo responda conforme suas criações.
Uma semente de desejo, de algo que incomoda, que precisa ser atendido.
A criação é algo que se deseja. E o desejo é tão forte que cria...inventa, realiza, se transforma e se materializa de uma forma magnífica.
Desejo de amar. Desejo de crescer. Desejo de aprender. Desejo puro...
Desejar nos faz criar histórias supreendentes e misteriosas...
Desejar é criar, e viver.

Friday, July 28, 2006

Pra onde iremos nós...


De longe Ele olhava...
Cada movimento, cada atitude...decisões.
Quieto. Com os olho fixos e atentos. Pronto para qualquer instante...
Lágrimas corriam seu rosto, mas ainda não era tempo de agir.
Lágrimas refletiam o desejo de que a iniciativa não fosse dEle...

E do outro lado ela ia vivendo.
Sozinha.
As vezes em muito boa companhia, mas na verdade sozinha.
Lutando. Brigando. Se machucando como nunca...
Não queria ajuda, era sua vez de tentar, de provar sua força.
As vezes olhava para Ele...com saudades, mas nunca tempo o bastante.
Lembrava dos momentos de alegria, de satisfação e prazer.
E se lembrava da dor, de tudo que se colcou entre eles e de tudo que sofreu.
Então virava seu rosto e continuava a lutar.
Sozinha.
Não que tivesse mágoas dEle. Apenas sabia que com Ele não tinha regras...
Não tinha armaduras, era simplesmente ela mesma. E isso a assustava.
Por isso havia decidido viver distante. Para se encontrar. Para ver o quanto podia sem Ele.

E trilhou seu caminho.
Até que seus olhos não a obedeceram mais...
E se voltaram a Ele. Como se não existesse outro lugar.
Lágrimas a fizeram entender...
Que depois de tanto tempo...ela não tinha outro lugar para ir.
Só Ele tinha o que tanto procurava.
Ele deixou que ela fosse para experimentar...
Para que soubesse.
E com um sorriso a recebeu.
De braços abertos.

Com a mesma palavra de vida Eterna.

Sunday, July 23, 2006

College Cab - Histórias de um taxi Universitário

Uma Quinta-Feira de maio, 21h24, final da primeira aula, e eu já precisava ir embora, voltar ao trabalho para uma reunião sabe-se lá de que...
Tinha que chegar ás 22h e não tinha idéia de que ônibus pegar para ir da faculdade até a bendita reunião. Depois de muito relutar, aceitei a sugestão de meus amigos, que me colocaram num Táxi na porta da Faculdade.
Não estava acreditando que iria gastar dinheiro só para ir a uma reunião aparentemente desnecessária! Mas como não tinha escolha o Táxi era o meio mais rápido e seguro.
Ainda digerindo o assunto da grana, olhava o Santana branco por dentro. Tinha aqueles cachorrinhos que mexem a cabeça com o balançar do carro atrás do volante... Lembrei do filme “O Colecionador de ossos”, onde um serial Killer escolhia suas vítimas disfarçado de taxista...
Olhei para os olhos do motorista através do retrovisor, olhos de um senhor de idade atrás das lentes de uns óculos fora de moda, cabelo grisalhos, e um leve sorriso que parecia estar fixo em seu rosto, e que dizia que ele não devia ser um serial Killer...! Seu semblante sereno e calmo fez com que eu puxasse conversa com ele: Perguntei em quais pontos trabalhava além da faculdade, e como se tivesse dado play em um filme comecei a ouvir uma história incrível sobre aquele simples taxista.

Aos 53 anos, casado com uma advogada a 30, com 2 filhos, um formado em engenharia civil pelo Mackenzie, e outro em medicina pela Paulista de Medicina, Sr. José, ou Jô, como é conhecido pelos alunos da Anhembi-Morumbi, fala cinco línguas, morou 2 anos na França, 9 no Líbano, onde teve seu pai morto vítima de uma Guerra, já foi comerciante, e hoje, conta com um largo sorriso que se sente realizado levando Universitários como passageiros.
Jô, diz que vez ou outra seu Táxi se transforma em um confessionário para jovens que não tem muita liberdade de conversar algumas coisas com os pais. Drogas, sexo, insegurança, primeiro emprego, Jô fala de tudo. E seus destinos às Sextas-Feiras são sempre as baladas de São Paulo. Sempre citando seu ofício como uma missão, Jô afirma que as palavras são o que nos aproximam das pessoas, e com elas podemos construir ou destruir. No caso dele, constrói muitas amizades, e se mantém jovem conversando com a galera.
Essa é a história do taxista Jô. Um personagem que fez, faz, e vai fazer parte da experiência Universitária de muita gente... E com certeza minha corrida valeu cada centavo!!

Saturday, July 22, 2006

Trash Cinderella


Os sapatinhos ficaram cafonas.
A coroa está de ponta cabeça, já que o cabelo caiu.
O vestido rasgou, de tanto pisarem na barra...
Então foi trocar de roupa, com medo de tudo que encontraria no closet, ansciosa com o que vestiria a seguir.
Antes de se trocar passou em um médico: liposaspiração e silicone 350ml em cada seio.
De volta ao closet, o medo a lembrou de quantas opções e modelos estavam à espera de uma decisão sua.
Só sua.
Nunca foi tão difícil se vestir...e onde estava a fada madrinha numa hora como esta?
Esperou e esperou.
Nenhum animalzinho fofo apareceu para ajudá-la.
Olhou de um lado para o outro, e os espelhos lhe deram a resposta.
Botas cano longo de bicos finos e saltos muito altos, eram de couro e não de cristal.
Vestido decotado, na altura das coxas e solto ao corpo, neste ninguém podia pisar.
Cabelos longos e soltos, não era melhor que ninguém, e não tinha nada a esconder.
Como só os espelhos opinavam: Estava linda.
E as meninas choraram de medo quando a viram...

Friday, July 21, 2006

Cultura Brasil


Minha primeira postagem vem direto de Brasília...
Simplesmente porque não consigo mais me calar, e momentos como este me levam para o lugar de onde tanto fugi...o lugar onde eu preciso sair do meu ninho e tomar uma atitude. Bem longe do meu castelo de cinderella...
Meu corpo sente falta de ideais, meus olhos sentem falta de ver ações efetivas em prol da sociedade, do meio ambiente, do próximo. Coisas simples como: respeito, dignidade, compaixão, desejo de mudança e atitudes pró-ativas em benefício ao meio em que eu, você ,e tantos, vivemos.
Atitudes em prol das pessoas.
PESSOAS.
É impressionte ouvir personalidades que fizeram, e fazem parte da história do nosso país, e do nosso povo...e o que surpreende não é o grande conhecimento, mas a falta de esperança, falta de ânimo, de algo em que acreditar, falta de tudo que faça sentido.
E ouvindo essas pessoas que tanto viveram, em tom de desistência, me encontro em um inconformismo ainda maior diante da atitude de nós, jovens, que estamos sempre ocupados demais trocando de faculdade, bebendo, ou curtindo em algum motel caro. E então entendo a desesperança dos mais experientes...
Esperar dos que já estão no poder? Estes eles já conhecem.
Esperar de quem então?
Não quero ser injusta, generalizando a atitude passiva. Existem sim, jovens com uma sede insaciável de mudança e melhoria, mas todos de deparam com um grande ponto de interrogação: Por onde começar? Como agir?
Esta nossa geração não sabe o que é política, sabe o que é corrupção. Não sabe o que é revolução, sabe o que é displicência. Não tem em si uma cultura política, porque nos foi tirado isso na escola, na sociedade, foi tirado de nossa educação. Não temos noção do que é lutar por ideais em comum ao lado de um amigo...NÓS SIMPLISMENTE NÃO SABEMOS O QUE É ISTO.
Deixo aqui um pequeno desabafo e talvez o início de algo que desejo construir...