Tem que ter coragem.
Compartilhar é uma entrega, uma maneira de se comunicar com o mundo, com as pessoas, deixando um pouquinho de você para os outros.
Tem que ter muito para repartir.
Não pode ter medo de ficar sem.
E tem que entender que para ter mais, tem que dar espaço, tem que se abrir.
Acho que foi isso que meu pai fez a vida toda. Compartilhava suas historias, compartilhava seu carinho, seu amor, suas conquistas. Nunca foi egoísta nas coisas importantes.
E hoje entendo que importante mesmo é compartilhar.
Nem que seja por alguns segundos.
Nem que seja com desconhecidos.
Nem que confundam sua intenção.
Nem que seja traído.
Entregar-se, relacionar-se, envolver-se.
Mas você não tem nada a ver com isso!
E as pessoas se afastam cada vez mais umas das outras.
Se afastam de experiências novas, de feridas novas também, mas se afastam da aventura, do improvável, do aprendizado e do crescimento. Porque alguém já disse que insanidade é esperar resultados diferentes fazendo a mesma coisa.
E dai se doer? E dai se você sofrer?
Nós agüentamos mais do que imaginamos, e o resultado de superar uma dor é um aprendizado impagável e a criação de possibilidades para viver improbabilidades.
E tentem convencer a filha do baiano aventureiro a levar uma vida segura sem dores, amores e loucuras...
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