Mas a gente insiste.
Em criar situações que nos exijam esforço de dor.
Para entender.
Para analisar.
Para prever o que vai acontecer ou o que o outro está pensando.
Para saber o futuro, sem viver bem o presente.
Para ocupar a mente pois ficar em paz é muito assustador.
E a gente fica triste.
Sofre.
Porque busca um não sei o que,
Em algum lugar,
Com um não sei quem, que nos é tão importante encontrar!
A gente não existe pra ser triste.
Mas a gente existe.
Felicidade é ter coragem.
De ficar em paz.
De expressar o que sente simples.
De analisar não o outro mas a si próprio, para ser melhor.
Coragem de se respeitar.
E se a felicidade viver sozinha?
E se for um prêmio aos que arriscam esperar em silêncio?
Pra que tanta gente estranha?
Pra que tanta conversa rala?
E se a gente criar poesias ao invés de dor?
Se ao invés de entender, viver?
Ao invés de analisar e prever, a gente pode perguntar... e tratar o outro com amor e respeito, como a gente quer ser tratado.
E se ao invés de procurar aí fora a gente prestar atenção no nosso mundo pessoal...?
Em quem a gente quer por perto todo dia.
Nos nossos sonhos e planos para o futuro, que estamos plantando hoje.
E se a gente não se fizesse de vítima da ansiedade, da pressa, da intensidade que parece tão sedutora e apaixonante, e fossemos apenas seres que existem... Sem vitimismo, mas com autonomia plena.
Em sua própria história.
Do seu próprio jeito e tempo.
Na simplicidade da existência.
Feliz. Na prática.
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